Mina Cauê passará por adequações e será temporariamente paralisada em 2025; Vale afirma que não haverá demissões

As atividades serão pausadas durante cinco meses, no período chuvoso, para passar por um processo de adequação e otimização

Mina Cauê passará por adequações e será temporariamente paralisada em 2025; Vale afirma que não haverá demissões
Mina Cauê, em Itabira – Foto: Esdras Vinícius
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A mineradora Vale distribuiu nesta semana uma nota à imprensa informando sobre a paralisação da usina na Mina Cauê, em Itabira, no próximo ano. Segundo a empresa, a unidade passará por readequações e otimização da sua produção e, para isso, terá que suspender de maneira temporária a sua atividade — o que deve acontecer em dois momentos do período chuvoso de 2025, em janeiro e fevereiro e de outubro a dezembro. A companhia também informou que o processo não acarretará em demissões de colaboradores.

Ainda conforme a nota, nos momentos em que acontecerem a paralisação da usina na mina Cauê, as operações da empresa acontecerão nas duas usinas da mina Conceição. “A Vale continua investindo em alternativas para manter as suas operações em Itabira competitivas, seguras, sustentáveis e alinhadas ao cenário mundial da mineração. A empresa estuda uma otimização da sua produção local, considerando o ramp-up (aumento progressivo da operação) da planta de filtragem de rejeito da cava Cauê. Essa otimização será restrita ao período chuvoso de 2025, considerando os meses de janeiro a fevereiro e de outubro a dezembro. Nesse período, a produção de Itabira ficará concentrada nas usinas da mina Conceição”, diz trecho da nota.

Confira na íntegra a nota enviada pela Vale:

“A Vale continua investindo em alternativas para manter as suas operações em Itabira competitivas, seguras, sustentáveis e alinhadas ao cenário mundial da mineração. A empresa estuda uma otimização da sua produção local, considerando o ramp-up (aumento progressivo da operação) da planta de filtragem de rejeito da cava Cauê. Essa otimização será restrita ao período chuvoso de 2025, considerando os meses de janeiro a fevereiro e de outubro a dezembro. Nesse período, a produção de Itabira ficará concentrada nas usinas da mina Conceição. 

Os trabalhos de manutenção da usina de Cauê serão executados, assim como as atividades de treinamento e de capacitação para os empregados durante a eventual parada. Após regularizada a produção, Cauê seguirá operando conforme vida útil da mina. 

A Vale reforça a sua disponibilidade para o diálogo aberto e transparente com seus empregados, sindicato, fornecedores, poder público e comunidades”.

O que diz o Sindicato Metabase?

Em entrevista ao programa “Vagner Ferreira”, na Rádio Caraça FM, o presidente do Sindicato Metabase de Itabira e Região, André Viana Madeira, afirmou que “Itabira não passa por uma paralisação e nem vai passar por uma diminuição da produção simplesmente com o foco de fechamento de mina. Temos aí uma previsão de operação até 2041, podendo ou não aumentar o cenário, porque há um novo ramp-up [aumento de produção] para 2025 em relação à usina da mina Cauê”.

“Nós temos hoje três usinas em Itabira, a do Cauê, a usina de Conceição 1 e a usina de Conceição 2, são três usinas em excelentes estados. Foram estabilizadas, manutenidas e, agora, o desafio é com a operação de mina, a retirada de estéreo, a trazida de minério para as usinas e, nesse caminho, é necessário fazer algumas adequações para suportar. Apesar disso tudo, Itabira tem uma produção de cerca de 30 milhões de toneladas por ano e isso representa mais de 10% do André Viana.

André Viana também destacou que a proposta apresentada pela Vale ao Sindicato Metabase é de que a paralisação acontecerá apenas nos meses de chuvas e, nesse período, a produção de minério será concentrada nas duas usinas de Conceição. Além disso, enquanto Cauê estiver paralisada, os empregados da mineradora atuarão como apoio de manutenção ou de operação nas outras minas, assim como passarão por treinamentos e capacitação, sem que haja a demissão de colaboradores devido à pausa produtiva da unidade.