Minas tem 37 deputados estaduais com patrimônio superior a R$ 1 milhão

  Clique aqui para ampliar o gráfico A Assembleia Legislativa de Minas Gerais está no topo do ranking nacional em número de parlamentares que declararam patrimônio acima de R$ 1 milhão. Trinta e sete milionários foram eleitos deputados estaduais no domingo, um crescimento considerável em relação à legislatura iniciada em 2006, em que o número […]

Clique aqui para ampliar o gráfico (Arte EM)  
Clique aqui para ampliar o gráfico
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais está no topo do ranking nacional em número de parlamentares que declararam patrimônio acima de R$ 1 milhão. Trinta e sete milionários foram eleitos deputados estaduais no domingo, um crescimento considerável em relação à legislatura iniciada em 2006, em que o número de políticos nessa condição era de 27. Juntos, os bens dos 77 deputados estaduais eleitos somam R$ 179 milhões, sendo que R$ 40 milhões fazem parte do patrimônio do deputado mais rico do país, Jayro Lessa (DEM), reeeleito com 54.594 mil votos.

Em 2006, o total declarado pelos parlamentares somava R$ 154.690.890,60, uma média de R$ 2 milhões por candidato, esta média cresceu pouco mais de R$ 300 mil nesta nova composição, passando para R$ 2,325 milhões. E os novatos ajudaram a aumentar a cifra da fortuna dos deputados. A terceira maior é do estreante Hélio Gomes (PSL), que declarou ter R$ 9.710,134.,4. Entre ele o campeão do patrimônio está o reeleito Braulio Braz (PTB), no segundo posto dos mais ricos, com R$ 9.910.444,88.

 
Parece, aliás, que dinheiro não é o problema dos futuros representantes dos mineiros no Legislativo estadual. Apenas três dos 77 deputados eleitos declaram ter um total de bens abaixo de R$ 200 mil. Na última legislatura, o número registrado na Justiça Eleitoral de candidatos nessa condição que terminaram eleitos era três vezes maior, ou seja, 9. O menor bem declarado é do futuro deputado estadual Fabiano Tolentino (PRTB), R$ 33.941,24. Em seguida vem Pompílio Canavez R$ 112.686.,79 e Rogério Correia (PT), R$146.706,00. Apenas o parlamentar novato Cássio Soares (PRTB), eleito com 36.067 votos, não declarou nenhum bem.

Em relação às legendas, o PSDB possui o maior número de milionários eleitos, oito, mas é também a maior sigla da Casa, apesar da sua bancada ter caído de 15 para 13 nas urnas no domingo. Já o PT, segundo maior partido na nova composição, que ganhou mais um representante, passando de 10 para 11 parlamentares, contará com apenas dois milionários, enquanto o PMDB, terceiro maior partido, vai continuar com oito deputados e com quatro políticos com bens acima de R$ 1 milhão.

Dos seis parlamentares escolhidos do Partido Verde, quarta maior bancada, cinco são milionários. O PV perdeu uma cadeira na Casa, assim como o PDT que também tem um número grande de afortunados proporcionalmente, 4 dos cinco eleitos. O DEM e o PTB, que atualmente possuem seis deputados cada um, terão quatro a partir de fevereiro de 2011, dentre eles, três e cinco milionários, respectivamente. Já as bancadas do PPS, PSB e PSL que tiveram três deputados eleitos, terão quatro deputados com patrimônio acima de R$ 1 milhão. O PPS conta atualmente com quatro parlamentares e o PSB com dois, nenhum deles com patrimônio acima de um milhão. Já único representante do PSL é milionário. As outras siglas não possuem representantes com patrimônio com mais de três zeros.

Dentre eles, estão seis partidos que elegeram dois deputados no domingo: o PMN, que vai manter o mesmo número; o PSC, que tem três parlamentares; o PCdoB e o PRB, que têm um deputado cada; e duas legendas atualmente não representadas na Assembleia, PHS e PRTB. Outros cinco partidos ainda não representados pelos milhões terão bancadas de um deputado, a partir de 2011: o PP, que hoje tem quatro; o PR, que mantém o número atual; e os atualmente não representados PTC, PRP e PTdoB.

Partidos sobem de 16 para 21

Apesar de o número de partidos ter aumentado na Assembleia passando de 16, para 21, a futura bancada contará com apenas 28 novos parlamentares a partir de 1º de fevereiro de 2011, o que corresponde a 36,36% de renovação em relação à atual composição. Esse índice é o menor desde 2002. Dos 28 novos, 12 já eram esperados, pois oito deputados estaduais candidataram-se a federal, três a outros cargos e um não disputou as eleições. Em 2006, foram 31 novos deputados (40,1%), e em 2002, 36 (46,75%). O resultado das eleições mostrou que, dos 65 atuais deputados estaduais que se candidataram a mais um mandato, 49 foram vitoriosos, o que significa um índice de 75,38% de reeleição.

A média de idade da nova composição é de 45 a 59 anos. As mulheres perderam cadeiras. Foi eleito ainda o parlamentar mais jovem da história da Casa, com 24 anos Luiz Tadeu Martins Leite (PMDB), o "Tadeuzinho”. Na atual Legislatura, o deputado mais jovem é Chico Uejo (PSB), que tem 32 anos e foi eleito pela primeira vez em 2006, aos 28 anos de idade e agora não foi reeleito. Depois de Tadeuzinho, os deputados mais jovens da próxima Legislatura serão Gustavo Perrella (PDT), com 27 anos, e João Vítor Xavier (PRP), com 28.

Ainda no quesito idade, dois deputados têm 70 anos e serão os mais velhos da ALMG: o deputado Hely Tarqüínio (PV), reeleito para o quinto mandato; e o ex-deputado Bonifácio Mourão (PSDB), que retorna à Assembleia também para seu quinto mandato. Mourão foi prefeito de Governador Valadares por três vezes.

Já o posto do deputado que estará, a partir da próxima Legislatura, há mais tempo na ALMG é de Antônio Genaro (PSC), reeleito com 81.159 votos para seu sétimo mandato consecutivo, aos 67 anos.