Minha Casa, Minha Vida terá financiamento para imóveis de até R$ 500 mil
O novo teto beneficiará um público com renda familiar mensal de R$ 8 mil a R$ 12 mil

A medida, juntamente com o crédito consignado para CLT, é uma tentativa de se conter o acentuado desgaste da popularidade do Governo Lula. A iniciativa aumentará o valor a ser de financiado pelo Minha Casa, Minha Vida. O programa é formado por três modalidades de negócios imobiliários. A novidade será direcionada para imóveis de até R$ 500 mil e atenderá diretamente à classe média. Atualmente, o limite máximo para a compra é de R$350 mil.
A primeira faixa do Minha Casa, Minha Vida é mantida com recursos do orçamento da União. O público-alvo é a população com rendimento mensal de, no máximo, R$ 2.850, 00. O subsídio fica em 95%. Os juros variam de 4% a 5% ao ano.
A segunda faixa é destinada a um grupo social com renda de R$ 2.850,00 a R$ 4, 700,00. Neste caso, o subsídio é R$ 55 mil e os juros anuais oscilam de 4,75% a 7%%.
A terceira faixa visa os contribuintes com faturamento bruto entre R$ 4.700,00 e R$ 8000,00. Os juros são de até 8,16% ao ano. As faixas 2 e 3, com taxas abaixo das praticadas pelo mercado, são bancadas pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O novo teto do programa (R$ 500 mil) mira um segmento populacional com rendimentos de R$ 8 mil a R$ 12 mil por mês e os juros previstos ficarão em torno de 10%. A verba para a manutenção deste lançamento virá do Fundo Social Pré-Sal (R$ 15 bilhões) e da Caixa Econômica Federal (R$ 5 bilhões).
O governo solicitará à Câmara dos Deputados o remanejamento de R$ 15 bilhões do Fundo Social. Essa quantia será o aporte necessário para a implantação da proposta inédita do Minha Casa, Minha Vida.
A liberação do financiamento de moradias de até R$ 500 mil será anunciada pelo presidente Lula ainda no decorrer desta semana.