Monlevade: o que acontece com o resto das doses de vacina que sobram nos frascos ao fim do dia?
O sistema denominado “xepa” está sendo utilizado em diversas cidades do país
A aplicação de doses que sobram em frascos abertos no fim do dia é conhecido como “xepa” das vacinas. Esse método tem sido bastante utilizado por diversos municípios do Brasil. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte vêm destacando-se pela utilização do método. Todavia, as cidades não liberam a imunização de qualquer pessoa. Já em João Monlevade as sobras tem sido pouco comum, mas quando ocorre, o sistema também funciona.
De acordo com Executivo, um dos motivos da vacinação ocorrer cotidianamente somente até às 15h é com relação as sobras das doses. Isso, pois, terminando às 15h, a Vigilância em Saúde (Visa) tem tempo hábil para administrar doses caso haja sobra.
João Monlevade
A equipe da DeFato questionou a Prefeitura de João Monlevade se o sistema xepa ocorre no município. A pergunta foi repassada à Vigilância em Saúde (Visa) da cidade, que é responsável pelo manuseamento das vacinas contra o coronavírus.
“Praticamente não estão ocorrendo sobras, porque a vacina que tem sido ministrada é a Astrazeneca, que tem um frasco multidose com apenas 5 doses e que pode ser aplicada até 48 horas após a abertura do frasco. Quando ocorrem sobras, a Visa entra em contato com pessoas que estão cadastradas no E-Sus, e que fazem parte dos grupos prioritários, solicitando que compareça aos postos para se vacinar”, responde em nota.
Na capital mineira as unidades de saúde mantém um sistema de comunicação para remanejar doses da vacina entre elas, não precisando abrir um novo frasco sem necessidade ao fim do expediente.
Se esse método não der certo, os enfermeiros procuram moradores da região que fazem parte do grupo de vacinação para receber o imunizante. Em última instância de solução, a pessoa cadastrada que faça parte da faixa prioritária prevista para ser imunizada logo na sequência é chamada ao local de vacinação.