Moradores reclamam de barulho de festival musical no Parque da Pampulha, em BH
Festival Sensacional foi realizado no dia 23 de junho, no Parque Ecológico da Pampulha
Representantes de associações de moradores do bairro Bandeirantes, em Belo Horizonte, reclamam que o Festival Sensacional, realizado no fim de junho no Parque Ecológico da Pampulha, teria trazido transtornos para a comunidade, que se queixa de complicações no trânsito e do excesso de barulho. O assunto foi levado para discussão em audiência pública promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, nesta segunda-feira (10).
No encontro, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte afirmaram que uma série de condicionantes para a mitigação dos impactos teriam sido cumpridas pelos realizadores do festival. Requerente da reunião, o vereador Sergio Fernando Pinho Tavares (PL) defendeu a busca de políticas equilibradas, capazes de conciliar o respeito aos direitos dos moradores com os interesses daqueles que buscam empreender no campo da cultura em Belo Horizonte.
De acordo com Paula Lisboa, da Associação Pró-interesses do Bairro Bandeirantes (Apibb), a realização do Sensacional afetou negativamente o cotidiano da vizinhança. Segundo ela, a reclamação mais frequente dos moradores tem a ver com a poluição sonora. De fato, os produtores do evento chegaram a ser autuados pela Prefeitura de Belo Horizonte em função do descumprimento dos limites de produção de ruídos: em alguns pontos, foi registrada a marca de 80 decibéis durante a realização dos shows, ao passo que a legislação municipal impõe 60 decibéis como o volume limite entre as 19h e 22h, horário em que a festa foi realizada.
Na audiência, foram apresentadas ainda queixas quanto à piora do trânsito no entorno, além de externadas preocupações quanto aos impactos do barulho para o bem-estar dos animais que vivem no Zoológico Municipal, situado nas proximidades do parque. Diante dos problemas, Paula Lisboa reivindicou o fim da realização de grandes espetáculos no Parque Ecológico da Pampulha, defendendo que o espaço seja destinado a pequenos eventos, que se integrariam com mais facilidade ao dia a dia da vizinhança e não colocariam riscos ao meio ambiente e à fauna local.