Muy amigo! Brasileiros podem ser afetados por reforma migratória de Milei na Argentina
As alterações poderão impactar, severamente, mais de 100 mil brasileiros que lá residem, incluindo 20 mil que já estão matriculados em instituições de ensino superior
Com a apresentação nesta terça-feira (3), de uma nova proposta de reforma migratória, pelo governo do presidente argentino, Javier Milei, mudanças significativas deverão ocorrer na política para estrangeiros no país vizinho, e suas alterações poderão impactar, severamente, mais de 100 mil brasileiros que lá residem, incluindo 20 mil que já estão matriculados em instituições de ensino superior.
Milei não vê com bons olhos a presença de estrangeiros no sistema público de ensino do país.
O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, explica que a cobrança de mensalidades a estrangeiros nas universidades tem a pretensão de ajudar no suporte financeiro adicional aos estabelecimentos de ensino locais.
“Em primeiro lugar, vai ser estabelecido que as universidades nacionais possam cobrar taxas de estudantes estrangeiros não residentes. Isso vai ser uma fonte de receita para as instituições de ensino superior, que vai permitir financiá-las. Hoje, um em cada três estudantes de medicina é estrangeiro”.
Outra medida a ser implementada é a eliminação da gratuidade na assistência médica para estrangeiro.
“Vamos ordenar o fim da assistência médica gratuita para estrangeiros. As organizações determinarão as condições de acesso ao sistema. Desde que uma medida semelhante foi tomada em Salta, a atenção externa caiu para 95% e foram geradas poupanças de 60 milhões de pesos. Isto não só implica poupanças fiscais, mas também melhores cuidados para os nossos cidadãos. Dizemos adeus aos famosos passeios de saúde tão conhecidos aqui”, explicou Adorni.
A reforma também contempla mudanças nas regras de entrada e permanência de estrangeiros na Argentina, incluindo, na proposta, a ampliação da lista de crimes que podem resultar na deportação do infrator não argentino, a indivíduos que forem condenados por delitos ou que atentarem contra a ordem democrática e que terão a entrada no país em futuras ocasiões.