Na Bélgica, Lula pede alívio das sanções econômicas à Venezuela

Segundo membros do governo, Lula defendeu a ideia de que os problemas da Venezuela deveriam ser resolvidos por eles próprios

Na Bélgica, Lula pede alívio das sanções econômicas à Venezuela
Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação

Durante reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e União Europeia (Celac-EU), em Bruxelas, na Bélgica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cobrou que as nações presentes falassem sobre caminhos a avançar de forma a que se implemente um processo genuinamente democrático durante a eleição na Venezuela.

Lula deu essa informação nesta terça-feira (18), em sua live semanal. O presidente brasileiro disse que nesse encontro teve reunião com França, Colômbia, Argentina, representante do negociador, das oposições venezuelanas, com a vice-presidente
Delcy Rodríguez, para discutir um pouco a possibilidade de normalizar a situação da Venezuela.

A reunião, idealizada pelo presidente francês Emanuel Macron, não previa a participação de representantes venezuelanos, mas, ao fim do dia, Gerardo Blayde, destacado negociador da oposição no país e vice-presidente, confirmaram presença.

Segundo membros do governo, Lula defendeu a ideia de que os problemas da Venezuela deveriam ser resolvidos por eles próprios e que caberia ao Nicolás Maduro dar sinais de normalização do processo democrático no país. Na oportunidade, o presidente brasileiro cobrou o alívio das sanções econômicas impostas por governos estrangeiros à Venezuela.

Lula disse que “a visão do governo brasileiro é de que essas sanções estrangulam a economia venezuelana”.

Críticas à guerra na Ucrânia

Durante a abertura da terceira reunião de Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia, Lula voltou a criticar a guerra na Ucrânia e o envio de armas para a defesa desse país, alvo de ataques russos desde fevereiro de 2022.

Lula salientou que a guerra traz incertezas e impactos econômicos e que os armamentos enviados pelas potências ocidentais contribui para a prolongação do conflito, apesar de o Brasil condenar a invasão da Ucrânia pelos russos.

“A guerra no coração da Europa lança sobre o mundo o manto de incertezas e canaliza para fins bélicos recursos até então essenciais para a economia e programas sociais. A corrida armamentista dificulta ainda mais o andamento da mudança do clima”, enfatizou Lula.