Na Câmara, representantes da Defesa Civil falam sobre atuação e problemas ocasionados pelas chuvas

Bairros Gabiroba e Jardim das Oliveiras foram os mais afetados nos últimos temporais

Na Câmara, representantes da Defesa Civil falam sobre atuação e problemas ocasionados pelas chuvas
Coordenador da Defesa Civil de Itabira, Claudimir Bellini – Tatiana Santos/DeFato
O conteúdo continua após o anúncio


Representantes da Defesa Civil em Itabira compareceram à reunião de comissões na Câmara Municipal nessa quinta-feira, 8 de março. Eles foram convidados pelo vereador e vice-presidente do Legislativo, André Viana Madeira (Podemos), para falar sobre os estragos causados pelas chuvas que incidiram na cidade nos últimos dias.

O coordenador do órgão, Claudimir Bellini, e a servidora Emília Rodrigues de Souza responderam a vários questionamentos e esclareceram a atuação do setor, as principais funções da Defesa Civil na cidade, subordinações etc.

Claudimir explicou que o setor é composto por vários órgãos municipais e que todas as secretarias têm participação. No período chuvoso, há solicitações de reforço dessas pastas. Segundo informou, durante as chuvas desses últimos dias houve imprevistos, não sendo possível atender a alguns casos de vítimas das chuvas junto à Secretaria Municipal de Ação Social, pois era grande a demanda na cidade.

No entanto, ele disse que, ainda assim, foram deslocados vários grupos de trabalho para os bairros atingidos e que, após uma reunião de alinhamento, houve a disponibilização de pessoal para essas ocasiões. A partir de então, o grupo está saindo para as ocorrências na companhia de um assistente social, um engenheiro e dois membros do órgão civil para as fiscalizações. “Hoje, Itabira não tem aquele transtorno de coisa gravíssima. Hoje a gente consegue controlar, e se acontecer alguma coisa mais grave, temos nomeações pelo próprio prefeito do município e a gente aciona”.

Questionado sobre o quantitativo de servidores no setor, o coordenador disse que há cerca de 15 pessoas. Em relação ao suporte de veículos para atendimentos, como mudanças e sindicâncias, o coordenador informou que a situação está “tranquila”, já que existe uma escala e que em finais de semana os escalados ficam de prontidão para acionamentos.

Momento delicado

No caso de emergências como as ocorridas nos bairros Jardim das Oliveiras, Gabiroba, Bethânia e outros, quando o setor é acionado, um grupo se encaminha ao local, analisa a situação, cadastra e quando é o caso de um morador não poder continuar no imóvel, a retirada é imediata.

De acordo com o coordenador, os bairros Gabiroba e Jardim das Oliveiras foram os que tiveram as demandas mais graves na semana passada.

Emília Rosa confirmou que os pluviômetros acusam volume alto de chuvas, especialmente no Gabiroba e Jardim das Oliveiras. Segundo ela, a maior preocupação da Defesa Civil é a vida humana e quando há a necessidade de retirada dos moradores é um momento muito delicado, pois grande parte das pessoas não quer sair de sua casa, chegando a se agitar e muitos até mesmo ‘passam dos limites’.

“O lado psicológico da coisa é terrível. Imagina você chegar e informar para alguém: sua casa acabou. Você tem que sair daqui e nem olha para trás. Ninguém tem estrutura psicológica para uma coisa dessas”, comentou.

Emília chamou a atenção também para um dos fatores que acarretam nas inundações: a grande quantidade de lixo descartado nas ruas. Com as chuvas, o material vai direto para as bocas e bueiros, entupindo as saídas de escoamento de água.