Não sobrava nem o chuveiro: polícia prende trio que alugava apartamentos e roubava móveis em BH

O delegado da Polícia Civil observou que, até o momento, os prejuízos estimados ultrapassam R$ 50 mil

Não sobrava nem o chuveiro: polícia prende trio que alugava apartamentos e roubava móveis em BH
Foto: Divulgação/PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante três suspeitos, de 35, 38 e 48 anos, pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Segundo relatado, eles usavam documentos aparentemente falsos, faziam a locação de apartamentos mobiliados e, depois, roubavam os móveis do local. A fraude acontecia em imóveis na área do bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte.

Conforme informou o delegado Jonas Pavan em entrevista coletiva nesta segunda-feira (19), a primeira denúncia surgiu no dia 8 deste mês. No dia seguinte à denúncia, a equipe da 4ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro, com apoio da Regional Barreiro, chegou aos suspeitos. Com eles, os policiais apreenderam documentos supostamente falsos, contratos inverídicos e um celular. “A partir daí, começamos a identificar outras vítimas e hoje já temos quatro identificadas”, disse.

Ainda de acordo com o delegado Pavan, os levantamentos indicam que o grupo age na região do Buritis há pelo menos um ano. “A primeira vítima sofreu golpe em janeiro de 2023. Eles [suspeitos] tentaram fazer uma segunda locação com essa imobiliária, que desconfiou, pois as fotos dos documentos eram muito parecidas, apesar de terem dados divergentes. O trio foi preso justamente quando tentava pegar a chave do imóvel”, detalhou.

O delegado observou que, até o momento, os prejuízos estimados ultrapassam R$ 50 mil, valor referente a mobílias subtraídas de quatro apartamentos, além dos aluguéis não pagos. Segundo Pavan, após aplicarem o golpe, os suspeitos desapareciam, e as imobiliárias descobriam a fraude quando iam ao local e verificavam que o imóvel estava vazio. “Não tinha absolutamente mais nada dentro, não deixavam nem chuveiro para trás”, completou.

Os três investigados, que já possuem registros criminais, após o flagrante, foram encaminhados ao sistema prisional. “Dois principais responsáveis estão presos preventivamente, e o terceiro em liberdade provisória”, conta o delegado ao adiantar que a PCMG está investigando a participação de outras pessoas no esquema criminoso, bem como busca identificar outras vítimas – imobiliárias ou particulares – para concluir as apurações.