Nenzinho e pastor Ailton são condenados a 6 anos de prisão por rachadinha na Câmara de Itabira

Decisão é da 1ª Vara Criminal de Itabira e é passível de recurso

Nenzinho e pastor Ailton são condenados a 6 anos de prisão por rachadinha na Câmara de Itabira
Nenzinho e pastor Aílton são acusados de rachadinha – Fotos: DeFato
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O ex-vereador da Câmara Municipal de Itabira, Weverton Júlio de Freitas Limões, o Nenzinho, de 34 anos, o ex-diretor da Casa, Ailton Francisco de Moraes, de 45, e a esposa dele, Marilene Cristina Costa Silva Moraes, de 43, foram condenados pelo crime popularmente chamado de rachadinha. As sentenças foram proferidas pela juíza da 1ª Vara Criminal e da Infância e Juventude, Dayane Rey da Silva.

Weverton e o Ailton foram condenados a 6 anos de prisão, em regime semiaberto, cada um, por recebimento de vantagem indevida em razão da função. De acordo com a sentença, o ex-vereador e o ex-diretor obrigavam funcionários da Câmara a devolverem parte do salário para o contratante.

Segundo a denúncia acatada pela juíza, os valores descontados eram destinados à mulher de Ailton, Marilene Cristina, que prestava serviço voluntário. Ela também foi condenada a um ano de detenção e cinco meses em regime aberto. Por ser primária e ter confessado, sua pena foi transformada em prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo a uma instituição assistencial.

Todos poderão recorrer da sentença em liberdade.

Denúncia

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, entre abril de 2017 e junho de 2019, pelo menos dois servidores foram obrigados a abrir mão de parte de seus salários. Eles foram contratados no gabinete de Nenzinho por R$ 3,8 mil mensais por indicação do ex-diretor Ailton. Ambos eram do mesmo partido, o PMN.

Entretanto, para fazer a remuneração de Marilene Cristine, sem parecer nepotismo, a maior parte do salário, R$ 2,8 mil, era repassada para ela e Ailton. Segundo consta na decisão, documentos bancários da própria Câmara Municipal comprovam as transações que viabilizaram a prática da “rachadinha”.

Presos

Nenzinho e o pastor Ailton Moraes ficaram presos por quatro meses por causa das investigações pelo crime praticado na Câmara de Itabira. De acordo com a Polícia Civil, os dois estavam coagindo testemunhas e agiam para prejudicar as apurações das autoridades. Eles foram detidos em julho e permaneceram no presídio do município até o dia 7 de novembro, quando conseguiram habeas corpus.