No Limite! Acaba nesta segunda-feira o prazo para a Meta explicar a nova política de moderação de conteúdos
Adam Mosseri, diretor do Instagram, adiantou que as mudanças já se encontram em vigor e serão consolidadas nas próximas semanas
Em vídeo publicado em suas redes sociais, terça-feira (7), Mark Zuckeberg- diretor executivo do Facebook e criador da big tech- informou que as suas plataformas não mais farão verificação dos fatos postados pelos usuários. Assim, a Meta suspendeu as restrições a publicações nas suas redes sociais Facebook e Instagram. Zuckeberg, no entanto, esclareceu que a big tech moderará os conteúdos que o próprio usuário denunciar como nocivos. Adam Mosseri, diretor do Instagram, adiantou que as mudanças já se encontram em vigor e serão consolidadas nas próximas semanas.
Na última sexta-feira (13), a Advocacia Geral da União (AGU) solicitou à Meta, por meio de notificação extrajudicial, uma explicação sobre a nova política de moderação de conteúdo. O prazo para a resposta termina nesta segunda-feira (13).
O advogado- geral da União, Jorge Messias, declarou que a Meta funciona como uma biruta de aeroporto e que as novas diretrizes não estão claras. “A enorme preocupação do governo brasileiro é com a política adotada pela empresa Meta, que parece uma biruta de aeroporto, o tempo todo muda de posição ao sabor dos ventos. Eu quero dizer para essa empresa que a sociedade brasileira não ficará à mercê desse tipo de política”, assegurou Messias.
O governo ainda não cogita a suspensão do Facebook e Instagram no Brasil
O ministro da AGU adiantou também que, por ora, ainda não está na pauta do governo a suspensão das duas plataformas no Brasil. Jorge Messias, no entanto, esclareceu que se a resposta da Meta não for satisfatória, entrará com uma ação na Justiça contra a empresa. “A suspensão não está em discussão neste momento, o que nós estamos discutindo é qual a política de proteção às populações vulneráveis à garantia dos direitos fundamentais que essa empresa vai adotar. Essa é a questão fundamental porque a empresa, quando mudou sua política, não foi transparente e não informou ao governo e à sociedade brasileira como ela deverá se portar daqui para frente”, esclareceu.
O advogado-geral adiantou ainda que “a principal preocupação do governo é com crianças e adolescentes, populações vulneráveis e com pequenos comerciantes que utilizam as plataformas da Meta diariamente”.