Novas tecnologias de combate à dengue em MG

Profissionais da região serão treinados com novos métodos para lidar com doenças transmitidas pelo mosquito

Novas tecnologias de combate à dengue em MG
Foto: shammiknr/Pixabay

Minas Gerais vai receber novas tecnologias para controle da dengue e de outras arboviroses, como chikungunya, zika e febre do Oropouche, todas transmitidas por mosquitos.Os municípios de Belo Horizonte e Contagem passarão a contar com estações disseminadoras de larvicidas. Também contarão com uma expansão do método Wolbachia e borrifação residual intradomiciliar. É o que informa o Ministério da Saúde.

Em 2024, o estado contabilizou quase 1,7 milhão de casos prováveis de dengue, além de 1.121 mortes confirmadas pela doença. O coeficiente de incidência da dengue em território mineiro fechou o ano passado como o segundo maior. Foram 7.948 casos para cada 100 mil habitantes, atrás apenas do Distrito Federal. Nas primeiras quatro semanas de 2025, Minas Gerais já figura entre cinco estados que concentram 76,3% dos casos de chikungunya.

A implementação de novas tecnologias para controle vetorial da dengue integra o Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses 2024/2025, anunciado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. Nesta quinta-feira (9), a pasta instalou o Centro de Operações de Emergências para Dengue e Outras Arbovirosos.

Novo sorotipo

Dados da pasta mostram que o sorotipo 3 da dengue registrou aumento em meio a testes positivos para a doença no Brasil – sobretudo nos estados de São Paulo, de Minas Gerais, do Amapá e do Paraná. A ampliação foi registrada principalmente nas últimas quatro semanas de dezembro. O cenário preocupa autoridades sanitárias brasileiras, já que o vírus não circula de forma predominante no país desde 2008.

Ao longo de todo o ano de 2024, o sorotipo da dengue que circulou de forma predominante no Brasil foi o 1, identificado em 73,4% das amostras. “Estamos vendo uma mudança significativa para o sorotipo 3”, destacou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel. “Temos 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade. Então, temos muitas pessoas suscetíveis, que não entraram em contato com esse sorotipo e podem ter a doença”.

As informações são da Agência Brasil.