Novo papa ‘Leão 14’ foi acusado de acobertar abusos de padres contra crianças no Peru
Uma das mulheres afirma ter telefonado para o religioso em 2020 para denunciar os abusos, mas, apenas dois anos depois ele encaminhou os relatos ao Vaticano
Apesar de investigações do Vaticano ainda em curso sobre denúncias contra a diocese, quando atuava no Peru, Robert Francis Prevost foi eleito nesta quinta-feira o novo líder da Igreja Católica, sob denominação de “papa Leão 14”.
As denúncias se referem a acobertamento de Prevost, à época administrador da diocese de Chiclayo, no país sul-americano, sobre abusos de dois padres contra três crianças locais. As denúncias foram feitas em 2023, por mulheres peruanas, que alegam terem sido abusadas quando eram crianças.
Uma das mulheres afirma ter telefonado para o religioso em 2020 para denunciar os abusos mas, apenas dois anos depois ele encaminhou os relatos ao Vaticano, com um dos padres afastado e o outro já não fazia parte da igreja por problemas de saúde. A diocese peruana sempre alegou não ter havido acobertamento, sinalizando que o administrador seguia o protocolo do Vaticano.
Escândalos de abusos sexuais não são problema para o alto escalão da Igreja Católica.
Mesmo durante o conclave, que escolheu Prevost papa, Anne Barrett Doyle, diretora da organização Bishop Accountability, que atua na defesa de vítimas de abuso, em entrevista a jornalistas no Vaticano, afirmou que os cardeais Pietro Parolin, italiano, e o filipino Luis Antônio Tagle, seriam más escolhas por terem acobertados agressões sexuais na igreja, sem no entanto mencionar o papa eleito.