Nunca como antes! Dólar mantém-se nas alturas mesmo com leilões do Banco Central
No âmbito externo, há preocupação sobre a política que venha a ser adotada por Donald Trump, que assume a presidência dos EUA no dia 20 de janeiro
Com a cotação do dólar norte-americano chegando a recorde histórico na quarta-feira (18), quando a moeda fechou o dia a R$ 6,26, uma alta de 1,55 em relação à abertura, a elevação desproporcional tem preocupado o governo federal, que tentou, sem sucesso, conter a alta.
A alta da moeda americana tem várias explicações, da parte do governo, que trava uma batalha para aprovar o pacote fiscal de contenção de gastos, sugerindo que especulações nas redes sociais possam ter provocado a alta do dólar frente ao real. Essa retórica é a mesma da AGU, que afirma de forma contundente que as fake news impactaram o dólar, pedindo que a Polícia Federal faça investigação a respeito.
No âmbito externo, há preocupação sobre a política que venha a ser adotada por Donald Trump, que assume a presidência dos EUA no dia 20 de janeiro, além da descrença dos investidores estrangeiros quanto à efetividade do pacote fiscal proposto pelo governo federal.
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, afirmou na quarta-feira (18), que o governo espera concluir a votação do pacote fiscal ainda neste ano. O mercado acredita ser essencial as contenções de despesas como contenção da inflação e para dar credibilidade e previsibilidade à economia.
“Estamos aqui redobrando a confiança de que a Câmara e o Senado estão fazendo tudo e farão absolutamente tudo nesse esforço concentrado para concluir a votação desses três instrumentos que ajudam a consolidar o marco fiscal.”
Se por um lado existe a incerteza da aprovação do pacote para economizar R$ 70,5 bilhões nos próximos dois anos, o empenho do governo federal já conseguiu garantir avanços na questão tributária, com o deferimento da regulamentação da matéria, mesmo que os ânimos não estejam contidos em relação à moeda estrangeira.