‘O crime pede perdão’: ladrões que deixaram bilhetes de desculpas
Depois de um criminoso devolveu o veículo roubado, com um recado, outras ações do mesmo tipo viralizaram nas redes
Um caso de polícia ganhou a internet essa semana, na cidade de Cariacica, na Grande Vitória, no Espírito Santo. Um ladrão devolveu um carro depois de perceber a cadeira adaptada de uma criança com deficiência dentro do veiculo. Ele deixou um bilhete que dizia: “O crime pede perdão. Na hora da tensão, não deu pra ver o problema da criança. O carro está sendo devolvido. Tanque cheio!!!”.
Porém, casos como esse são registrados no Brasil com mais frequência do que se imagina. Os recados de outros ladrões já viralizaram na redes sociais. Relembre os pedidos de desculpas que mais fizeram sucesso entre os internautas.
Indignação
Em Itapeva (SP), em 2017, após roubas um computador de um instituto de pesquisa, o ladrão manifestou seu descontentamento com a cidade. Em um bilhete escrito à mão, ele teceu críticas ao “abandono” do local. “Este foi mais um jeito de roubar o povo itapevense. Num local imenso grande dinheiro investido pra depois ficar assim: largado. Que droga de cidade!”
Roubos a escolas
Criminosos que invadem escolas também costumam demonstrar arrependimento. Em 2019, em uma unidade da rede municipal de Londrina, os ladrões que entram no local consumiram dois pacotes de macarrão instantâneo, ovos, tomates, seis quilos de carne e queijo. Num pedaço de papel escreveram: “Me perdoe por ter entrado aqui. Estava com muita fome, não roubei nada. Só comi e fui embora. Me perdoe”.
Em 2021, já na capital paulista, o homem que levou três televisores, um computador e utensílios de cozinha usou uma folha de caderno para escrever o bilhete à direção da unidade. A pessoa tentou justificar seu ato dizendo que foi um caso de necessidade. “Me desculpem mesmo, de coração, por fazer isso, não tive escolha, [foi] precisão [necessidade]”, dizia trecho do recado assinado com “desesperado”.
Gentileza
Em alguns dos casos, o tom dos suspeitos é bem educado. Como os ladrões que entraram em uma unidade do Banco do Brasil em Cuibá, em 2018. Após arrombarem dois cofres da tesouraria, ele pregaram na geladeira da agência um recado: “Muito obrigado pela gentileza”.
Na cidade de Rio Claro (SP), a mensagem encontrada em um veículo furtado afirmava que ele havia sido comprado por uma terceira pessoa. “Espero que os donos desse veículo vejam essa mensagem! Comprei seu carro na mão de um viciado de crack, no valor de R$ 1.000, onde me deparei com o acontecido no jornal estava prestes a vendê-lo pois Deus tocou em meu coração em devolvê-lo a vocês, juntamente com os pertences. (…) Obs.: poderia ter vendido peças etc, (sic) mais não”, dizia o bilhete.
Anti-herói
Há cerca de um ano, em Belo Horizonte, um homem foi preso suspeito de furtar uma loja após ter escalado mais de 15 metros para alcançar o comércio. Depois de cometer o crime, ele comeu um sanduíche que estava na geladeira e deixou um bilhete escrito em inglês e deixado perto do caixa.
“There is no place like home. Home sweet home… But, one is never too old to learn! I am a good boy. Spider of bad”, escreveu o homem. Em uma tradução livre ele teria dito: “Não há lugar como o lar. Lar doce lar… Mas, nunca se é velho demais para aprender! Eu sou um bom garoto. Homem aranha do mal”.
* Com informações do portal g1