O futuro do Cruzeiro é preocupante

A menos de um mês do Brasileirão, Raposa está longe do preparo ideal

O futuro do Cruzeiro é preocupante
Foto: Staff Images/Cruzeiro/Gazeta Esportiva

Você, cruzeirense, tem dormido bem? Se sim, fico feliz por isso, pois não faltam motivos para tirar o sono do torcedor da Raposa. A 26 dias de um Campeonato Brasileiro que promete ser dificílimo, o Cruzeiro demonstra estar longe do preparo ideal. Confira onde assistir a todos os jogos da Raposa no Guia de Programação da SKY!

Não que as demais equipes da competição estejam tratando a bola com muito carinho. A imensa maioria vive um início de 2023 instável, exceção feita a poucos times, como o Fluminense de Fernando Diniz. Mas o Cruzeiro possui alguns agravantes.

O elenco, que já era limitado no ano passado, parece ainda mais enfraquecido. A diretoria, fria, mantém um discurso de austeridade financeira, mesmo diante da clara necessidade de contratar reforços. Falta a Ronaldo entender que o cruzeirense, em geral, tem plena noção das limitações econômicas do clube. Isso não impede, porém, que o Cruzeiro faça um mercado mais assertivo e criativo, prospectando boas peças a preços interessantes, ou mesmo de graça.

Além de Palmeiras, Flamengo e Atlético, clubes com reconhecido poderio financeiro, neste ano temos outras camisas importantes do futebol brasileiro, comandado por SAF’S ou não, com muito poder de investimento. Se não quiser ficar para trás, o Cruzeiro precisará encontrar um antídoto para encarar essa realidade.

A única esperança na qual se agarrava o torcedor chegou ao fim no último domingo (19). Em uma situação ainda mal explicada, Pezzolano pediu para deixar o comando técnico da Raposa e foi substituído por Pedro Miguel Marques da Costa Filipe, o Pepa.

Treinador bem avaliado por alguns analistas portugueses, mas longe de ter carreira consolidada. Como o jovem técnico se sairá em uma experiência tão desafiadora? É uma incógnita.

Por fim, outro importante fator deve ser levado em conta: o mando de campo. Quase imbatível jogando no Mineirão na Série B, o Cruzeiro não atuou no Gigante da Pampulha nesses três primeiros meses do ano. O impacto é claro: zero vitórias como mandante.

Como resolver tantos problemas em menos de um mês? Cabe a Ronaldo responder essa pergunta. Ou o clube celeste começará o Campeonato Brasileiro fadado a reviver as desagradáveis lembranças dos últimos anos.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

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