“O medo está impregnado em nós”, declara enfermeira itabirana; veja o video
Portal DeFato lança série de vídeos com depoimentos emocionantes de quem está na linha de frente do combate à Covid-19
Desde março de 2020, quando Itabira registrou o primeiro caso de Covid-19, os hospitais locais começaram a se preparar. Diante de situações alarmantes nos países europeus, os brasileiros se apavoraram. Mas, a pandemia não atingiu rapidamente o mesmo patamar visto em outras nações. Assim, as pessoas relaxaram, os protocolos de segurança foram sendo deixados de lado e as medidas de prevenção se tornaram menos rígidas.
Assim, um ano depois de anunciada a pandemia, Itabira começou a ver uma rápida subida no número de infectados e um aumento desproporcional na quantidade de pessoas mortas pela Covid-19. Para quem ainda duvidava, veio uma notícia aterradora: colapso do sistema de saúde. Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) e enfermarias lotadas, filas de espera em busca de leitos, profissionais esgotados.
O portal DeFato foi em busca das pessoas que, desde 2020, não tem medido esforços para amenizar o impacto da doença. Conversamos com diversos profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD).
Em relatos emocionantes, eles contam um pouco de suas angústias, medos diários, vocação na ajuda aos pacientes e de onde tiram esperança e forças para seguir lutando. Esses depoimentos viraram uma série de vídeos. Hoje, apresentamos o primeiro deles, com a enfermeira Glícia Silva de Freitas Batista.
Hoje, aos 30 anos, a enfermeira atua como coordenadora do Pronto Atendimento do HNSD. Há quase seis anos trabalhando no hospital, ela conta que sempre quis cuidar de pessoas. “E continua sendo minha vocação, tanto que dada à gravidade da situação e do colapso do sistema, estou diariamente na assistência”, explica.
Glícia conta que a situação é muito preocupante. “Há uma ano atrás, o mundo se mobilizou para tentar se prepara antes que o problema realmente chegasse. O HNSD mudou tudo para criar um setor do Covid. E isso dá para a população aquela falsa sensação de que nunca vai acontecer com a gente. O mundo inteiro em alarme, lugares com mortes por milhares e população sem se preocupar”.
Nós te convidamos a assistir, agora, ao relato completo e emocionante de Glícia Silva.