O pobre brasileiro toma empréstimos para comprar comidas

Até móveis são vendidos para honrar compromissos com família e credores

O pobre brasileiro toma empréstimos para comprar comidas
Foto: Pixabay

Segundo estudo do ‘Plano CDE’, os brasileiros das classes C, D e E pegam empréstimos para quitação de dívidas e compra de alimentos, é o que revela o estudo “Inclusão Financeira no Brasil.” Já as classes A e B tomam empréstimos para empreendimentos.

O relatório indica que de 45% e 50% dos pesquisados de categoria mais baixa afirmaram que a alimentação e as contas do mês (água, luz, gás) são a causa desse endividamento junto a bancos, financeiras e até agiotas.

Englobando as classes (todas), o estudo diz que 42% dessas categorias admitem ter alguma dívida atrasada.

Maurício Prado, diretor do Plano CDE, afirma que a necessidade do empréstimo para comprar alimento indica a grave situação que as famílias enfrentam atualmente.

Para Maurício Prado, no contexto, é necessário mais atenção à concessão de empréstimos para beneficiários do ‘Auxílio Brasil’, uma vez que os juros altos fazem com que as famílias que tiveram acesso ao consignado fiquem ainda mais endividados.

O estudo definiu as classes D e E considerando uma renda familiar de até R$ 2.000. Na C2 vai de R$ 2.000 a R$ 3.000, e C1 de R$ 3.000 a R$ 6.000. As classes A e B são aquelas com renda familiar acima de R$ 6.000.

Para as classes menos favorecidas, a alternativa de um aumento na renda para honrar compromissos e conseguir colocar a comida em casa vem de aumento na carga de trabalho por meio de horas extras, bicos e trabalhos temporários, além da venda de bens, como carros, móveis ou eletrodomésticos.

Esse estudo tem abrangência nacional e entrevistou 2.370 pessoas acima de 18 anos, de todas as classes sociais, entre os dias 26 de julho a 9 de agosto de 2022.

  1. NR) As seis salas de velório do Cemitério da Paz estavam ontem, 29/11, com seis corpos sendo velados por familiares e amigos, além do salão central completamente ocupado por pessoas com e sem máscaras. 

A administração do cemitério não se submete à determinação do prefeito municipal?

Alírio de Oliveira é jornalista e escreve sobre política em DeFato Online.

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