Ômicron: o que se sabe sobre os sintomas da nova cepa do coronavírus?
Segundo especialistas, os sinais de contágio são diferentes dos já relacionados à doença
Nessa quarta-feira (1), médicos especialistas que estão analisando e pesquisando sobre a nova variante do coronavírus, a Ômicron. Descoberta na última passada, na África do Sul, ela foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação (VOC) e já está presente no Brasil. Mas, quais são os sintomas mais comuns apresentados pelas pessoas que testaram positivo para a nova cepa?
Apesar de ainda faltarem pesquisas para determinar seu grau de transmissão, letalidade e resistência às vacinas, já possível afirmar que os sintomas da Ômicron são diferentes dos da Delta, cepa a responsável pela maioria dos casos recentes de Covid-19 no mundo.
De acordo com a presidente da Associação Médica da África do Sul, a médica Angelique Coetzee, é possível parceber uma mudança nos sintomas apresentados pelos doentes. Segundo ela, que atendeu a vários pacientes com a nova variante antes de ela ser descoberta, os sintomas da Ômicron mais relatados foram:
- cansaço;
- dores musculares;
- “coceira na garganta” ou “garganta arranhando”;
- febre baixa (em poucos casos);
- tosse seca (poucos casos).
De acordo com a médica, os sinais de que o paciente contraiu a variante Ômicron se assemelham muito com os da variante Beta. Assim, o cansaço foi o principal motivo que levou as pessoas a procurarem por ajuda médica. Ele foi, facilmente confundido com outros sintomas mais comuns da Covid-19, como pulsação elevada e baixos níveis de oxigênio, que levam ao cansaço.
Até agora, segundo a médica sul-africana, os pacientes infectados pela Ômicron apresentaram apenas sintomas leves. No entanto, a nova variante preocupa a OMS por causa das 50 mutações que apresenta. Dessas, 32 são apenas na proteína S, principal alvo das vacinas desenvolvidas até o momento.
Mesmo que as pesquisas ainda não estejam concluídas, acredita-se que a Ômicron pode ser mais transmissível que a Delta, já que aumentou o número de casos de Covid-19 da África do Sul.