Operação da Polícia Civil combate tráfico e exploração sexual em Mariana

As investigações começaram após uma garota de programa apresentar um bebê que teria sido abandonado nas proximidades de uma casa de prostituição

Operação da Polícia Civil combate tráfico e exploração sexual em Mariana
Foto: PCMG

Dois homens, de 23 e 31 anos, e uma mulher, de 30, foram presos em flagrante por tráfico de drogas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Mariana, região Central do estado, na madrugada desta quinta-feira (24), durante operação em repressão ao comércio ilícito de entorpecentes e ao crime de rufianismo. Os trabalhos contaram com o apoio da Guarda Municipal.

As investigações tiveram início na manhã do dia anterior (23), quando uma garota de programa, acompanhada de um advogado, apresentou na Delegacia de Polícia Civil um bebê, de cinco meses, que teria sido abandonado nas proximidades de uma casa de prostituição.

Imediatamente, a equipe policial providenciou o encaminhamento da criança para atendimento médico, sendo constatado que a saúde dela estava em ordem. Logo após, foi acionada a rede de apoio dos órgãos de justiça e segurança, fazendo-se presente na unidade o Conselho Tutelar para os demais cuidados.

Apurações

Em decorrência das investigações, a mãe do bebê, de 23 anos, foi identificada, bem como apurado que, por volta das 22 horas de terça-feira (22/10), a jovem teria ido à região para aquisição de crack em um carro de aplicativo. Imagens de câmeras de monitoramento mostram uma aglomeração, sendo constatado que ela entrou em luta corporal com outras mulheres, deixando a criança em poder do motorista.

Garotas de programa, então, pegaram o bebê e ficaram com ele até a manhã seguinte, quando procuraram a delegacia. A mãe da criança não foi localizada até o fechamento da operação e os levantamentos prosseguem.

Desdobramentos

No curso das apurações, a equipe policial teve acesso a uma casa de prostituição e, no local, estavam um usuário de drogas que havia entrado pouco antes, uma garota de programa, e os três suspeitos presos: a gerente do estabelecimento, um vigia que auxiliava na segurança e venda dos entorpecentes e o fornecedor/traficante que estava no momento da ação. De imediato, a equipe policial localizou, em posse do vigia em uma sala de espera, uma pedra de crack de aproximadamente 200 gramas e uma máquina de cartão para pagamento.

Os policiais também constataram a situação do ambiente, com indicativos de exploração sexual.

Os três autuados em flagrante foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça. As investigações prosseguem.