Orçamento de Itabira para 2023 ultrapassa R$ 1 bilhão

Montante ainda foi abastecido pelo empréstimo de R$ 99 milhões obtido neste ano

Orçamento de Itabira para 2023 ultrapassa R$ 1 bilhão
Foto: Divulgação/Prefeitura de Itabira
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Assim como em 2022, Itabira contará com um orçamento robusto para 2023. Em uma audiência pública realizada nesta terça-feira (20), no auditório da Prefeitura, foi apresentado o Projeto de Lei Orçamentária Anual para o ano que vem: estarão à disposição do município R$ 1.035.858.727. Da quantia, R$ 919.674.816 serão destinados à Prefeitura, enquanto o restante será dividido entre Itabiraprev, Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA).

Na mesma apresentação, conduzida pelo secretário interino de Planejamento e Gestão, Flávio Pena Medeiros, o executivo municipal detalhou quais as principais metas para 2023. Você poderá lê-las nas imagens abaixo.

Questionado sobre quais serão as prioridades dentro do orçamento bilionário, Flávio Pena citou cinco áreas: saúde, educação, ação social, acessibilidade e zona rural. Para este último grupo, especificamente, o secretário pediu uma atenção especial.

“A prioridade é saúde, educação, ação social, principalmente esses três eixos. Acessibilidade, zona rural também precisamos mexer muita coisa, época de chuva traz muitas dificuldades de transporte. Temos que pensar nas comunidades dessas regiões”, ressalta.

“Tem muitas coisas que começaram agora e vão transpor o ano de 2022 para 2023. Por exemplo, reformas e ampliações de escolas, pontes que vamos começar, acho que são 14 ou 19 pontes na zona rural que estão praticamente num estado de depredação. O usuário dessas pontes está sofrendo um sério risco”.

Foto: Prefeitura de Itabira/Divulgação

Dentro do montante, também estão incluídos os R$ 99 milhões de empréstimo conquistados junto ao Finisa neste ano. O líder da SEPLAG falou sobre o impacto deste valor no orçamento de 2023.

“O empréstimo impacta porque você tem todas essas obras na infraestrutura. O próprio programa fala que o dinheiro é carimbado para infraestrutura, então não podemos fazer o investimento para outras áreas. A gente sabe que Itabira tem uma demanda reprimida nessa área”, explica.

Mas apesar do orçamento robusto, Flávio Pena pontua que o valor está longe de resolver todos os problemas de Itabira. Para ele, a Prefeitura precisará ter “eficiência” para lidar com o dinheiro em caixa.

“Não conseguimos resolver todos os problemas, alguns deles são cumulativos ao longo dos anos. Para te falar a verdade, não fiz nenhum estudo ainda, porque sou novo na casa, mas eu não sei como é que foi o investimento em infra nos últimos anos. Mas a gente vê que tem algumas deficiências e o plano plurianual prevê também investimentos em 2024. E o foco do prefeito é exatamente esse, tentar reduzir ao máximo os gargalos existentes em saúde, educação, saneamento, zeladoria, ação social, porque a gente vê alguns bolsões de pobreza na cidade e ficamos extremamente preocupados. E o dinheiro público é do povo, então precisamos entender que precisamos ter eficiência aqui para poder sobrar mais dinheiro e investir em mais projetos”, detalha.

Por fim, o secretário municipal adota um discurso “pés no chão”. Ele destaca os orçamentos recordes obtidos por Itabira em 2022 e 2023, mas pondera que novas circunstâncias, como o preço da tonelada do minério, podem impactar na receita itabirana.

“A gente sabe muito bem que a arrecadação deste ano e do ano subsequente (2023) vão ser históricas. Mas precisamos prestar muita atenção, porque existe uma crise mundial também. Tivemos um estudo em que alguns analistas dizem que o preço da tonelada do minério – que neste ano oscilou entre 110 e 140 dólares – pode estar estabilizada no ano que vem entre 92 e 95 dólares. Isso impacta na receita. Como eu disse também na audiência pública, também temos o impacto do subsídio que o Governo Federal está dando em cima do ICMS dos combustíveis. Isso vai impactar na receita também. Só que não no ano que vem, mas em 2024. Então temos que ter muita responsabilidade nos investimentos”, conclui.