“Os eventos ficarão para momentos oportunos”, diz secretária de Turismo de Conceição
Rejane Ottoni, secretária de Turismo de Conceição do Mato Dentro, avalia impactos da suspensão do Carnaval na cidade
* Matéria veiculada na edição 80 do jornal Cidades Mineradoras, da DeFato
O Carnaval de Conceição do Mato Dentro é um dos mais tradicionais da região. Anualmente, o município realiza cinco dias de muita festa com a contratação de bandas, escolas de samba e a participação dos artistas e blocos locais. Neste ano, não houve festa e o município proibiu o acesso a atrativos naturais para controlar o avanço da pandemia. A secretária de Turismo, Rejane Ottoni, falou dos impactos da suspensão do Carnaval e da expectativa de retomada das festividades, em um cenário mais seguro.
O que se arrecadou no ano passado e anos anteriores e o que o município deixou de arrecadar este ano?
Como todo e qualquer município que tenha adotado essa postura, os comerciantes e o setor hoteleiro deixaram de arrecadar. Não conseguimos informar de quanto foi a perda de arrecadação em relação aos anos anteriores, pois o município ainda não tem um mecanismo para mensurar a entrada de turistas nos hotéis e pousadas e nem um quantitativo de vendas no comércio. A Prefeitura não arrecada com o Carnaval, pelo contrário, é feito um investimento em entretenimento para a população e turistas que nos visitam. Mas, é possível afirmar, ainda que sem dados de estudos, que este ano o setor hoteleiro e o comércio não tiveram arrecadação financeira.
Como a suspensão do Carnaval afetou a cidade, sobretudo o setor cultural?
Afetou a população que aguardava pela festa, afetou os turistas que costumam vir, afetou aqueles que pretendiam visitar nossos atrativos, assim como afetou todos os demais brasileiros. Perdemos em vários aspectos como, por exemplo, em arrecadação financeira no comércio e setor hoteleiro. Por outro lado, ganhamos em proteção para a população. Imaginamos que as medidas adotadas pela prefeitura tenham sido positivas para a saúde pública. Trabalhamos no sentido de que o Carnaval fosse menos prejudicial à saúde do que as festas de fim de ano, período em que o contágio aumentou muito no município. No entanto, precisamos aguardar alguns dias para constatarmos junto aos números dos boletins epidemiológicos se as ações de fato surtiram os efeitos desejados. Esperamos que o índice de contágio caia nos próximos dias.
O município pretende realizar alguma festa ainda neste ano, com condições mais seguras?
O município pretende sim realizar ainda este ano, desde que a população esteja imunizada, ou se registrarmos queda nos números de casos e as autoridades em saúde nos sinalizarem que as condições são seguras. Mas, se não tivermos a garantia da imunização e nem o controle da pandemia, os eventos ficarão para os momentos oportunos.