Padrasto esmurra e sufoca criança de 4 anos; VEJA O VÍDEO

Vídeos registraram as agressões em áreas comuns do prédio em que eles moravam

Padrasto esmurra e sufoca criança de 4 anos; VEJA O VÍDEO
Foto: Reprodução / Youtube

Um homem foi flagrado por câmeras de segurança de um condomínio em Niterói, no Rio de janeiro, agredindo o enteado, de apenas 4 anos. Dois vídeos mostram Victor Arthur Possobom esmurrando e sufocando o menino, que, assustado, não reage. As imagens foram registradas em fevereiro desse ano e entregues à Polícia Civil junto com denúncia de maus tratos, pelo síndico do prédio, nessa quinta-feira (15).

O primeiro registro foi feito na recepção do condomínio. Sentado ao lado da criança em um sofá, Victor fala alguma coisa, olha ao redor para se certificar que não há ninguém por perto e, em seguida, bate e sufoca o menino. Ele para as agressões ao perceber alguém se aproxima. O outro vídeo é de uma câmera do elevador que mostra o homem sufocando o menino, violentamente, colocando a mão na boca e no nariz da criança.

Uma testemunha relata, em depoimento, que “moradores e vizinhos já comentaram em tom de reclamações afirmando que frequentemente Victor grita com o menor, e por muitas vezes já escutaram o menor aos gritos e berros pelas ofensas sofridas”.

A mãe da criança, Jéssica Jordão de Carvalho, 30 anos, disse que só soube das imagens nesta quinta (15) e espera que seja feita justiça. Segundo ela, embora sofresse agressões físicas e psicológicas por parte do companheiro — contra quem move processo na Justiça — não percebia comportamento agressivo dele contra as crianças. O casal tem uma filha com um ano de idade.

“Eu tive acesso total a essas imagens agora, foi ontem. Eu fiquei desesperada, uma sensação de impotência, não sei nem explicar. Ele era supercarinhoso com as crianças, normal botar de castigo, corrigir, mas nada desse tipo. Eu fique impactada, não sabia que estava vivendo com um monstro desses”, afirmou.

Jéssica detalhou ainda que o síndico também fez uma denúncia no conselho tutelar e, depois disso, o filho foi morar com o avô. Ela relata ainda que conseguiu uma medida protetiva contra Victor. “Ele me manteve presa no apartamento por um períodos, me agrediu, abusou de mim. Eu cheguei a engravidar e perdi um filho devido às agressões. Ele já tinha um comportamento agressivo comigo, mas nunca imaginei que com meu filho também”.

Histórico de violência

A ficha de Victor Arthur Possobom é extensa. Ele já foi preso por agredir a própria mãe em 2013. À época, Possobom disse que discutiu com ela após uma festa que teria terminado depois do horário combinado. A mulher teria deixado um bilhete para o filho, com várias regras que não foram cumpridas. Victor alegou que a mãe e a namorada  brigaram e, para acalmar a situação, ele escorou a mãe contra a parede e a segurou pela gola da roupa.

Além dessa, várias outras acusações foram feitas contra ele desde 2013, em diversas delegacias distritais e também na Delegacia de Atendimento à Mulher de Niterói. Nas denúncias sempre constam: lesão corporal, lesão corporal culposa, injúria e ameaça.

Em 2015, a ex-mulher de Possobom afirmou que ele foi até sua casa exigindo ver seu filho. Sem conseguir encontrá-lo, começou a xingar a mãe. Ao tentar entrar na casa, empurrou o portão, que a atingiu. Em 2017, uma testemunha contou que viu Victor agredindo a namorada com um tapa, e que a vítima estava com a testa vermelha e o rosto sangrando.

O último registro feito contra Possobom é de julho de 2022, pelo crime de violência psicológica contra Jéssica Jordão, mãe da criança agredida.