“Palmas para Satanás”: apresentador argentino festeja morte de Elizabeth

Jornalista não poupou críticas à coroa britânica: “imunda, pirata, ladra, genocida, assassina, que tanto nos atormentou”

“Palmas para Satanás”: apresentador argentino festeja morte de Elizabeth
Foto: Reprodução / Youtube

Em meio a milhões de manifestações em relação ao falecimento de Elizabeth II, da Inglaterra, uma se destacou. Diferente do restante da mídia mundial, o apresentador de um programa on-line do Canal 22, na Argentina, celebrou a morte da rainha, na última quinta-feira (8).

O jornalista Santiago Cúneo, conhecido por declarações polêmicas, abriu uma garrafa de champanhe para festejar o falecimento de Elizabeth, enquanto uma música de comemoração era tocada ao fundo. “Morreu a velha filha da put*, finalmente acabou. Uma salva de palmas para Satanás, que a recebeu!”, exclamou Cúneo.

Com direito a inúmeros xingamentos direcionados à rainha e à monarquia inglesa, Santiago demonstrou sua indignação em relação à coroa britânica.

“Eu prometi que faríamos um brinde. Esse lixo inglês, essa imundície, esse Lúcifer saiu do planeta Terra e isso é uma notícia boa para todos. Champanhe para todos. O filho da p*t* do marido dela já morreu, e estamos comemorando a morte de todos os malditos ingleses de m*rd* que fazem parte dessa coroa imunda, pirata, ladra, genocida, assassina, que tanto nos atormentou”, prosseguiu, enquanto outros apresentadores do programa aplaudiam.

Santiago ainda vai mais fundo ao se referir ao protocolo fúnebre e às cerimônias de despedida a Elizabeth. Para o jornalista, ela não merecia tantas homenagens. “Agora, eles estão montando um protocolo para apresentar os restos mortais dessa imunda, que deveria ser desmembrada e ter um pedaço de cada parte de seus órgãos levado até os países que foram colônias dessa imundície, desse lixo que significa a monarquia de m*rd*”.

Assista ao vídeo completo!

Entenda

As manifestações de Santiago não são propriamente uma surpresa para o povo argentino. Seu desabafo tem a ver com as delicadas relações entre Argentina e Reino Unido, visto que os britânicos dominam as Ilhas Malvinas, em território argentino, desde 1833.

A soberania das ilhas foi questionada pelo governo argentino, que considera os arquipélagos como parte de seu território e alegou que a ocupação britânica foi “ilegal” e “invasora”. Assim, em 1982, os dois países entraram em guerra e, na ocasião, mais de 600 soldados argentinos foram mortos, enquanto entre os ingleses foram registradas 255 baixas.

A vitória britânica contribuiu para a queda da Junta Militar que governava a Argentina e ajudou a primeira-ministra Margaret Thatcher, do partido conservador, a ganhar as eleições do ano seguinte à guerra.

Em 2022, completam-se 40 anos desta disputa que durou pouco mais de dois meses. Em Buenos Aires, há predominância de cartazes homenageando os soldados argentinos que morreram nas batalhas. Outra emissora do país, a “Crônica”, pediu, ao vivo, que o Rei Charles III (herdeiro do trono) devolva o território para a Argentina.