Passagem de ônibus em Belo Horizonte é de R$ 6, mas Legislativo tenta reverter aumento

O presidente da Câmara Municipal defende que, para justificar o aumento e o subsídio, o serviço deve ser de qualidade

Passagem de ônibus em Belo Horizonte é de R$ 6, mas Legislativo tenta reverter aumento
(Foto: Divulgação/BHTrans)

O novo valor da passagem de ônibus já está valendo no transporte coletivo de Belo Horizonte nesta segunda-feira (24). O reajuste de R$ 4,50 para R$ 6,00 foi anunciado pela Prefeitura de Belo Horizonte na última quarta-feira (19), causando revolta na população e na Câmara Municipal, que tenta reverter a decisão.

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) vai tentar suspender o aumento de 33,3% nas passagens de ônibus da capital mineira, um dia depois de a tarifa de R$ 6 entrar em vigor. Um projeto de resolução (PR) que susta os efeitos do decreto da prefeitura obteve as 14 assinaturas necessárias e vai ser registrado nesta manhã. Além disso, uma ação popular impetrada por outros dois parlamentares com o mesmo objetivo também aguarda decisão em primeira instância no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Além do presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido), também apoiam o PR os vereadores Bráulio Lara (Novo), César Gordin (Solidariedade), Cida Falabella (Psol) , Ciro Pereira (PTB), Cleiton Xavier (PMN), Henrique Braga (PSDB), Irlan Melo (Patriota), Iza Lourença (Psol) , Jorge Santos (Republicanos), Loíde Gonçalves (Podemos), Marcela Trópia (Novo), Ramon Bibiano (PSD) e Sérgio Fernando (PL).

Presidente do Legislativo se opõe

Gabriel Azevedo usou das redes sociais para se opor ao aumento anunciado pela Prefeitura de Belo Horizonte e disse que vai se encontrar com o prefeito Fuad Noman (PSD) para debater a pauta do transporte coletivo na capital. “Defendo um sistema subsidiado, porém são necessárias contrapartidas claras que garantam o básico: qualidade no serviço. Isso é o que Belo Horizonte merece. Depois de mais de cinquenta reuniões com a prefeitura desde que concedemos R$237,5 milhões no ano passado para que o contrato atual fosse revisto, sem que isso tenha ocorrido, vou mais uma vez me encontrar com o prefeito nessa semana para expor o óbvio: nossa cidade merece um transporte coletivo digno para quem vive aqui”, declarou o presidente da Câmara Municipal.