Personagens itabiranos: Ninico Amâncio e Norberto Honório Martins
Itabira 172 anos – Relembre personalidades que marcaram a história do município
Relembrar os personagens que há séculos vêm construindo a história itabirana é resgatar um passado de lutas, viver o presente com alegria e acreditar um futuro de realizações. São muitas as personalidades que protagonizam o enredo e a memória do município. As personalidades de hoje: Ninico Amâncio e Norberto Honório Martins
Ninico Amâncio
A vida sem música é um erro, dizia o filósofo Friedrich Nietzsche. A concordar com o autor de assim “Assim Falava Zaratustra”, é grande a importância dos que cultivam a bela arte dos sons, como fez o professor de música e canto orfeônico Antônio Lisboa Ferreira, popularmente conhecido como Ninico Amâncio, da Escola Normal Oficial de Itabira, atual Eemza.
Filho de José Amâncio Ferreira, o Mestre Zeca Amâncio, e de Adelaide Augusta, Ninico Amâncio nasceu em Itabira em 25 de outubro de 1897. Cedo integrou-se à banda Euterpe Itabirana, reorganizada por seu pai, tornando-se mais tarde regente. Também integrou a Orquestra de Cinema, que tocava nas festas de fim de ano em escolas. Compôs, entre outros, o Hino da Escola Coronel José Batista, do centenário da cidade, o Hino da Chegada do primeiro Bispo e o Hino à Itabira.
Foi escriturário da Fábrica de Tecidos da Gabiroba, alfaiate e guarda-livros. Membro das irmandades do Santuário Sacramento e de Nossa Senhora das Dores. Casou-se com Cecy Diniz, com quem teve os filhos Ernani, Natercia, Marciana, Clarice e Maria da Glória. Morreu em 29 de dezembro de 1980.
Norberto Honório Martins
Compositor e Violinista gravado por grandes nomes da música brasileira, como Nelson Gonçalves, Almirante, Linda Batista, Ciro Monteiro e outros, Norberto Honório Martins nasceu no Serro em 14 de setembro de 1911. Filho de João Honório Martins e de Maria Nazaré Martins.
Mudou-se para Itabira no início da década de 1950 por um motivo muito especial: a namorada Marcelina Nunes, com quem se casou e teve sete filhos. Antes disso, Norberto Martins foi comerciante se Pedras semipreciosas na região. Trabalhou em emissoras de Rádio em Belo Horizonte e depois seguiu para o Rio de Janeiro, onde fez amigos importantes na música e frequentou redutos boêmios.
Algumas de suas obras: Sinuca de Bico (gravada por Linda Batista), Juraci, Boca de Siri (por Moreira da Silva), Lindo Lar (também por Moreira da Silva), Calvário de Amor (por Ciro Monteiro), Rosália (por Nelson Gonçalves) e Vamos, Pavuna (por Almirante). “Um dia, tive a idéia de fazer um samba e fui feliz. Agora, os cantores cariocas também cantam minhas músicas”, escreveu em carta datada de 1947. Morreu em Itabira no dia 2 de abril de 1974.