Pesquisa aponta queda de consumo de arroz e feijão em Minas e aumento na compra de ultraprocessados
Os dados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
O consumo de arroz e feijão está em queda nos últimos anos em Minas Gerais. O cenário é indicado na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2002, o consumo de arroz e feijão correspondia a 16,5% das aquisições alimentares domiciliares per capita em Minas Gerais, caiu para 14,1% em 2008 e novamente registrou queda para 10,8% em 2018.
Em termos quantitativos em quilogramas, a queda na aquisição anual per capita de arroz e feijão em território mineiro é bastante expressiva, de 53% de 2002 para 2018. No País, os percentuais de aquisição de arroz e algum tipo de feijão eram, respectivamente, de 13,3%, 11,3% e 9,8%, nas três últimas edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares.
Se os mineiros deixaram de consumir arroz e feijão, passaram a se alimentar mais com itens processados. Em 2008, o consumo de itens ultraprocessados em Minas Gerais era de 0,68 kg em 2008 e chegou a 1,54 kg no levantamento de 2018, o que corresponde a um crescimento de 128,3% em uma década. Já no âmbito nacional, o crescimento da aquisição desses alimentos foi de 41,1% entre os dois últimos levantamentos da POF, passando de 0,75kg, em 2008, para 1,05kg por pessoa por ano em 2018.