Polícia apreende mais de 230 kg de drogas na Grande BH e desarticula rota internacional de tráfico
Parte da droga estava escondida em um fundo falso de um veículo
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu mais de 230 kg de drogas durante operação em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada desta terça-feira (6). Um homem, de 25 anos, foi preso em flagrante no curso da ação policial.
Parte da droga estava escondida em um fundo falso do veículo que o homem dirigia. O restante do material foi encontrado em um armário na casa do investigado. A carga apreendida pela Polícia Civil inclui 200 kg de crack e mais de 30 kg de cocaína, drogas puras que abasteceriam pontos de tráfico na capital mineira e em outros estados do Sudeste.
“O perfil do preso reflete a nova estratégia das organizações criminosas, que buscam indivíduos sem antecedentes criminais para atuar no transporte e armazenamento”, disse o chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), delegado Rodrigo Bustamante. Ainda de acordo com o delegado, os entorpecentes apreendidos estavam embalados com um selo com palavra em russo, um termo usado para se referir à máfia e a grupos criminosos internacionais.
Além da droga, foram apreendidos três veículos e um celular. O carregamento, que vinha da Bolívia, teria sido separado em São Paulo para distribuição na cidade de Contagem, onde foi interceptado pela Polícia Civil.
Apreensão
A ação, realizada por equipes da 3ª Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico (Decna), vinculada ao Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), é resultado de uma investigação que durou sete meses. Segundo o chefe do Denarc, delegado Rodrigo Bustamante, a apreensão é uma das maiores do ano.
“Foi uma investigação que conseguiu interceptar essa carga vinda da Bolívia, com parada em São Paulo, e que seria distribuída em Belo Horizonte, região metropolitana e outros estados. É um trabalho que não só retira a droga de circulação, mas vai também aprofundar no aspecto financeiro da organização criminosa para reprimir suas atividades ilícitas”, destacou.
A PCMG informou que “prossegue com as investigações para identificar outros envolvidos e desarticular a rede de distribuição de entorpecentes”.