Polícia busca suspeita de matar empresário no Rio com brigadeirão envenenado
Quando foi descoberto, o corpo da vítima já estava em avançado estado de decomposição
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) investiga, desde dia 20 de maio, o assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 45 anos. A suspeita é de que ele foi envenenado pela namorada no apartamento onde morava, no bairro do Engenho Novo, zona norte carioca. Quando foi descoberto, o corpo da vítima já estava em avançado estado de decomposição.
O empresário não era visto desde o dia 17, quando recebeu da namorada um brigadeirão — a suspeita é de que o doce estava adulterado. A mulher, que agora é considerada foragida da Justiça, chegou a prestar depoimento à polícia alegando que não tinha conhecimento da morte de Ormond.
Imagens de câmeras de segurança mostram, no entanto, que ela esteve no apartamento em mais de uma ocasião quando o homem já estava morto. Antes de desaparecer, ela voltou ao condomínio para buscar o cartão de uma conta conjunta com o namorado, entregue por correspondência.
Além disso, segundo a Polícia Civil fluminense, a namorada contou com a ajuda de outra mulher para dar fim aos bens da vítima, incluindo o carro dele, vendido por R$ 75 mil. A possível comparsa foi presa na quarta-feira (29). A polícia chegou até ela depois de localizar o veículo em Cabo Frio com um receptador. O homem, que carregava também o computador e o celular de Luiz Marcelo, foi preso em flagrante.
À polícia, a possível comparsa, que trabalha como cigana, confessou ter ajudado a suspeita a se desfazer dos pertences da vítima, e disse que a autora teria uma dívida de R$ 600 mil com ela. Também disse que a autora permaneceu no apartamento após a morte do namorado — informação confirmada por imagens de câmeras de segurança.
Em mensagens de texto, se queixava à comparsa sobre o cheiro forte exalado pelo cadáver em decomposição. A suspeita também teria se passado pelo empresário em trocas de mensagens pelo celular dele com outras pessoas.
Os nomes das pessoas suspeitas não foram divulgados pelas autoridades.
* Com Estadão Conteúdo.
