Polícia Civil apreende BMW, Land Rover e jet ski de influencer envolvido com o “Jogo do Tigrinho”
Ele é investigado por prática de jogo de azar, lavagem de capitais, crimes contra a ordem tributária, estelionato e falsidade ideológica
Nesta sexta-feira (14), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a operação Layering, resultando na apreensão de veículos e bens de luxo em Extrema, Sul do Estado. Um suspeito, de 29 anos, é investigado por prática de jogo de azar, lavagem de capitais, crimes contra a ordem tributária, estelionato e falsidade ideológica, devido a envolvimento em jogo similar a um caça-níquel na modalidade virtual — muito conhecido como “Jogo do Tigrinho”.
A equipe da Delegacia de Extrema cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, em um condomínio, que resultou na apreensão de carros de luxo das marcas BMW, Land Rover e Mercedes, um jet ski, celulares e notebooks.
O investigado está sob medidas restritivas, como deslocamento e contatos, determinadas pela Justiça após pedido da Polícia Civil.
Trabalho investigativo
As investigações mostraram que o suspeito veicula e difunde o jogo. Com apurações, foi possível identificar que o homem ostenta elevado estilo de vida, como a utilização de veículos automotores e aquáticos de luxo, viagens e residência em casa localizada em condomínio fechado. O investigado justificou seu padrão de vida com ganhos de seu engajamento em rede social.
A partir de análises de computadores apreendidos, foi possível encontrar diálogos por aplicativo de mensagem com pessoas que utilizam dispositivo com código de área da China. Nessas conversas, o investigado negocia recebimento proporcional às perdas dos jogadores virtuais. A PCMG então também pediu pela quebra dos sigilos fiscal e bancário do investigado.
Desdobramentos
A investigação está em andamento há seis meses, e, em uma das etapas, houve cumprimento de mandados de busca em Guarulhos, interior de São Paulo, e também em Extrema, com a operação Smurfing, em fevereiro deste ano. Na ocasião, foram apreendidos aparelhos celulares, encaminhados ao Instituto de Criminalística da PCMG para possível decodificação da senha de bloqueio de tela.
As investigações continuam com o intuito de identificar outros envolvidos e concluir o procedimento referente ao investigado.