Polícia Civil cumpre mandado de busca e apreensão na Câmara Municipal de João Monlevade
De acordo com a Polícia Civil, os investigados, supostamente, estariam falsificando receituários médicos para distribuir para eleitores do município
A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, através da 4ª Delegacia Regional de João Monlevade, cumpriu nesta quinta-feira (1º), dois mandados de busca e apreensão em uma operação que investiga a prática do crime de falsificação de receitas médicas no interior da Casa Legislativa. A “visita” aconteceu no gabinete do vereador Rael Alves (MDB).
De acordo com a Polícia Civil, os investigados, supostamente, estariam falsificando receituários médicos para distribuir para eleitores do município, sendo que diversas receitas médicas falsas foram apreendidas durante os trabalhos investigativos – que já duram cerca de dois meses.
Além do mandado de busca e apreensão no gabinete de Rael Alves, um segundo mandado foi cumprido na residência de uma assessora do vereador, onde os policiais encontraram mais duas receitas médicas com indícios de terem sido contrafeitas. Computadores e telefones celulares também foram apreendidos e as investigações prosseguem para completa elucidação da autoria do crime.
O que diz o vereador?
Segundo Rael Alves, em vídeo divulgado nas redes sociais e enviado à DeFato, a investigação da Polícia Civil está sob a sua assessora, após um assessor (de outro vereador não citado) ter citado a mulher em uma denúncia. O vereador confirmou o recolhimento dos materiais em seu gabinete e disse que não cometeu nenhuma irregularidade, se colocando à disposição da Justiça para esclarecimentos.
O vereador também confirmou que a funcionária segue trabalhando normalmente: “Do meu gabinete, ela está trabalhando até hoje, porque eu não tenho bola de cristal. Eu não posso, não tem como eu adivinhar quem está errado. Tanto é que ela está trabalhando até hoje e vai continuar trabalhando porque a gente tem que esperar a decisão da Justiça para poder provar quem é que está errado”, disse Rael, afirmando que acha “uma injustiça condenar alguém sem provas”.