Polícia Civil desmonta esquema de suplementos falsos em BH

Dois homens foram presos em flagrante durante operação

Polícia Civil desmonta esquema de suplementos falsos em BH
Mercadorias apreendidas pela Polícia Civil de Minas Gerais. (Foto: PCMG)

A Polícia Civil de Minas Gerais desarticulou esquema de adulteração e distribuição de suplementos alimentícios e produtos médicos na região do bairro Castelo, em Belo Horizonte. Dois homens foram presos em flagrante durante a operação.

A operação nomeada como Zizanion, foi realizada na última sexta-feira (3) e apreendeu quase 1 tonelada de de itens vencidos ou com suspeita de adulteração, além de materiais avaliados em R$1 milhão.

As informações foram repassadas durante coletiva de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (7), na sede do 1º Departamento de Polícia Civil (1º DEPPC) em Belo Horizonte. O chefe do 1ºDEPPC, delegado-geral Arlen Bahia, destacou a importância do trabalho realizado. “Em razão da ação célere e qualificada da Polícia Civil, conseguimos tirar esse material de circulação e não deixar que esses produtos fossem comercializados, protegendo a saúde pública”, ressalta.

Denúncia resultou em investigação

De acordo com a delegada Ana Paula Gontijo, responsável pela operação, as investigações se iniciaram com a reclamação de uma cliente que teria comprado uma mercadoria. “Ela usava sempre o produto e adquiriu uma nova remessa por meio de um site, notando a diferença no sabor e na qualidade. Ao entrar em contato com o fabricante, descobriu que o lote estampado e a data de validade não estavam corretos. Após isso, localizamos o estabelecimento responsável pela venda”, informa.

No local, a Polícia encontrou produtos vencidos tinham seus lotes e validades adulterados e eram vendidos como novos, por diversos sites. Dois homens que trabalhavam no local foram presos em flagrante. “Um deles se declarou como a pessoa responsável por despachar as mercadorias compradas pelos sites de vendas, e o outro como o que emitia as notas”, revela Ana Paula.

Segundo a Polícia Civil, eles foram autuados pelos “crimes do artigo 272 – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios – e do artigo 273 – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais – do Código Penal, cujas penas somadas podem chegar a 23 anos de prisão”.

Investigação

De acordo com as investigações, o grupo possui outras três lojas físicas: em Sete Lagoas, na região Central do estado, em Divinópolis e em Nova Serrana, ambas cidades do Centro-Oeste mineiro. Nesses outros estabelecimentos, o comércio é realizado apenas de forma presencial.

Entre as mercadorias que eram adulteradas estavam proteínas, estimulantes naturais, vitaminas e complexos vitamínicos, suplementos alimentícios, aceleradores de metabolismo e outros, comuns de serem utilizados tanto por atletas como por pacientes em tratamento médico que necessitam de complementação. A delegada Ana Paula ressalta que “se fossem ingeridos, os produtos tinham potencial de causar dano à saúde dos consumidores”.