Polícia divulga novidades sobre assassinato de dentista
Mulher foi encontrada carbonizada em Ribeirão das Neves após ser dada como desaparecida
Dois homens foram presos na manhã desta quarta-feira (2), suspeitos de matar a dentista Adriana Duarte Oliveira, 46 anos. Outras duas pessoas, mãe e filho, estão sob prisão preventiva desde dezembro. Três dos quatro presos – com exceção da mulher – trabalhavam em uma obra da dentista na cidade de Itambé do Mato Dentro.
A polícia chegou aos suspeitos depois de analisar câmeras que flagraram o momento em que o veículo da vítima foi abandonado em Ribeirão das Neves, onde o corpo de Adriana foi encontrado. Pelas imagens, os policiais chegaram a um servente de pedreiro de 21 anos e a mãe dele de 42.
A prisão de hoje aconteceu após buscas em Venda Nova e no bairro Califórnia, na capital. Um dos homens, de 43 anos, estava em casa. O outro, de 46, foi preso enquanto trabalhava em uma obra. Segundo o delegado Fábio Moraes Werneck, o laudo pericial constatou que a morte da dentista foi em consequência de queimaduras. Devido ao estado de carbonização do corpo, não foi possível saber se houve algum tipo de violência antes.
As investigações, até o momento, apontam que havia divergência de valores cobrados na obra. De acordo com o delegado, os pedreiros ficavam dez dias na obra no interior e dez na Capital. Durante a estadia em Itambé do Mato Dentro, Adriana sustentava todos os gastos do trio e as divergências tiveram início quando ela passou a exigir comprovante desses gastos.
Também há suspeitas de que a vítima estaria negociando com os serventes para que assumissem a obra sem o pedreiro que os contratou. Os celulares dos presos foram apreendidos e serão analisadas as mensagens e conversas, bem como colhidas as impressões digitais.
Na casa de Adriana, que foi toda revirada e teve dinheiro roubado de um cofre, foram encontradas digitais do pedreiro preso em dezembro. Ainda não se sabe qual o envolvimento da mãe de um dos suspeitos. Mas, há indícios de que ela tenha participado do planejamento, uma vez que foi filmada saindo do veículo no momento em que foi abandonado.
Relembre
O corpo de Adriana foi localizado no dia 26 de novembro, em Ribeirão das Neves. Ela foi dada como desaparecida no dia anterior, depois de deixar uma funcionária do consultório em Santa Tereza, à tarde. No mesmo dia, à noite, seu carro foi filmado pelo circuito interno saindo do prédio em que morava.
No entanto, como o veículo tinha insulfilm, não foi possível ver se ela estava acompanhada. O automóvel teria sido localizado em Ribeirão das Neves, porém, sem a mulher.