Polícia Federal faz busca e apreensão nas casas de assediadores de Alexandre de Moraes
A operação da PF ocorre na cidade de Santa Bárbara D’oeste, interior paulista
A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal (PF) busca e apreensão nas casas dos brasileiros que abordaram e hostilizaram o ministro Alexandre de Moraes, no Aeroporto Internacional de Roma, na última sexta-feira (14).
A operação da PF ocorre na cidade de Santa Bárbara D’oeste, interior paulista, onde residem o empresário Roberto Mantovani e sua esposa, Andréa Munarão, além da casa do empresário Alexandre Zanatta, genro dos Mantovani.
Roberto e Andréa prestaram depoimento à PF na cidade de Piracicaba. O empresário nega ter agredido o filho do ministro Alexandre de Moraes.
Entenda o caso
Na sexta-feira (14), após palestra proferida na Universidade de Siena, em Roma, o ministro e sua família (esposa e filho), foram insultados por um grupo de brasileiros, tendo sido chamado de ” bandido e comunista comprado” e teve o seu filho de 27 anos agredido fisicamente por um dos manifestantes.
Os três envolvidos estão sendo investigados por crime contra a honra e ameaça. No intervalo entre o depoimento de Roberto e Andréa, o advogado do casal, Ralph Tótima conversou com os jornalistas e disse que “Roberto nega ter empurrado, mas que, em razão de ofensas proferidas à sua esposa, ele afastou essa pessoa, que ele sequer sabia quem era. Essa pessoa fazia ofensas muito pesadas à sua mulher”.
A PF fez buscas inclusive nos carros dos envolvidos, além de celulares, e tenta ver se existe alguma ligação com ataques às urnas eletrônicas.
A polícia italiana afirma ter imagens “abundantes” da hostilidade contra Moraes. As autoridades italianas teriam separado o material gravado, além de determinar ao aeroporto a preservação total do ocorrido.
O conteúdo será entregue à Policia Federal brasileira ainda nesta semana, mas existem alguns trâmites burocráticos a cumprir para que o material seja anexado a inquérito policial que corre na Diretoria de Inteligência (DIP), em Brasília.
A solicitação brasileira à polícia italiana foi feita pela Secretaria Nacional de Justiça.