Polícia Militar quer câmeras de segurança de volta em Itabira
O comandante do 26º Batalhão, tenente-coronel Hudson Ferraz, em entrevista à DeFato, fala do fim do programa Olhar Atento e das negociações com o município para a retomada do monitoramento por câmeras em Itabira, além de outros assuntos de segurança. O oficial comanda o Batalhão desde fevereiro de 2017. A unidade abrange 11 municípios que […]
O comandante do 26º Batalhão, tenente-coronel Hudson Ferraz, em entrevista à DeFato, fala do fim do programa Olhar Atento e das negociações com o município para a retomada do monitoramento por câmeras em Itabira, além de outros assuntos de segurança. O oficial comanda o Batalhão desde fevereiro de 2017. A unidade abrange 11 municípios que somam 220 mil pessoas.
Quais as ocorrências que mais demandam a atuação da Polícia Militar em Itabira e região?
A Polícia Militar já tem uma padronização de monitorar crimes violentos. Aqueles que geram comoção, intranquilidade à população, como homicídio, roubo, sequestros, extorsões, estupro. A PM faz frente a uma ação preventiva, mas, caso o crime ocorra, a polícia busca uma resposta imediata, tanto na identificação e especialmente com a prisão de criminosos. A gente observa a tendência de queda. No ano passado, tivemos a redução de 36% dos crimes violentos em Itabira e toda a região. E este ano a redução vem se mantendo em 20%.
Como a PM está envolvida no processo de segurança da população em relação ao risco de rompimento de barragens?
A defesa civil é uma preocupação da PM. No tocante à barragem de Gongo Soco, em Barão de Cocais, desde o dia 8 de fevereiro, quando foi elevado o nível de alerta, a PM desenvolveu protocolos de segurança, especialmente de evacuação daquela área. Agora estamos fazendo o monitoramento dos pontos de bloqueio para que as pessoas evitem se lançar em área de risco. A gente conta muito com a compreensão das comunidades de Barão de Cocais, com impacto em Santa Bárbara e São Gonçalo de Rio Abaixo.
E nas barragens de Itabira?
Em Itabira, estamos em contato próximo com as Defesas Civis Estadual e Municipal. Existem técnicos da Defesa Civil Estadual que estão instruindo a organização para um planejamento específico de prevenção a essas eventualidades de barragem. Então, a PM já lançou todos os seus recursos à disposição, não somente para o planejamento, mas, em caso de acionamento, nós estamos em condições de atuar para restabelecer a sensação de tranquilidade às comunidades.
Como é a PM atua para combater as drogas na região?
O Brasil não é conhecido como país produtor de substância entorpecente, mas de trânsito de droga. As drogas passam por nossas frações do 26º Batalhão. Temos ações bem pontuais para tentar quebrar este ciclo de tráfico de droga no nosso território, pois temos algumas rodovias federais e estaduais de importância, onde fazemos operações conjuntas com as Polícias Rodoviárias contribuir com a melhoria Federal e Estadual.
Qual a situação em Itabira?
No tocante a Itabira, a nossa ação é muito forte nesse sentido. Agimos diretamente nos pontos já mapeados de tráfico de droga e vem surtindo efeito com prisões e apreensões diárias. A gente tenta, de alguma forma, ao direcionar ações contra o tráfico de droga local, impactar consequentemente na redução de crimes conexos como é o caso de roubo e furto, e isso vem se refletindo nos dados estatísticos. Temos ainda a ação dos cães farejadores da Roca que vêm obtendo bastante êxito.
As câmeras de segurança estão sem funcionar em Itabira há cerca de dois anos. Qual a expectativa da PM para que esses equipamentos voltem a operar?
O convênio de monitoramento por câmeras se chamava Olhar Atento e tinha duração de dez anos. Ele se defasou ao longo do tempo e acabou. Visando incrementar esse tipo de atividade, o município vem desenvolvendo tratativas com a PM para que cheguemos a uma nova proposta, um novo convênio, de forma que ele possa absorver não somente as câmeras que ainda estão disponíveis no território, mas novas tecnologias, como é o caso de detectores de placas (de veículos). São equipamentos que vão contribuir para a segurança. O município já vem finalizando este produto conosco e acreditamos que ainda neste exercício possamos contar com esse recurso. Tudo que venha para contribuir com a melhoria dos indicadores criminais, tenho certeza que será muito bem quisto por toda nossa comunidade.
Qual a participação da PM nas questões de trânsito em Itabira?
O trânsito em Itabira é municipalizado. Existe um órgão central, que chama Transita, e é com ele que estabelecemos as tratativas. A PM atua de forma secundária. Mas a gente vem destinando esforços para promover, de alguma forma, a prevenção e a orientação dos cidadãos, como está acontecendo agora com as ações do Maio Amarelo. Um trânsito bem organizado se traduz em cidadania, gentileza, respeito.