Polícia prende homem que fingia ser entregador de aplicativo mas fazia delivery de drogas em BH

A motocicleta utilizada pelo investigado para entrega dos entorpecentes foi recolhida pelos policiais

A Polícia Civil de Minas Gerais realizou operação contra o tráfico de drogas na manhã desta quarta-feira (31) no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte. Dois homens, de 25 e 30 anos, foram presos durante os trabalhos policiais de combate à criminalidade na capital e na Região Metropolitana. Um deles fingia ser entregador de aplicativo mas usava do delivery para o tráfico.

Os policiais encontraram com um dos investigados cocaína, maconha e munições. Um dos suspeitos atuava como entregador cadastrado em empresas de aplicativo para distribuição de alimentos e bebidas. No entanto, segundo investigações, o delivery era de fachada e ele teria se aproveitado do nome de empresas para iniciar a distribuição de drogas a delivery.

“Descobrimos que o suspeito estava montando uma rede de distribuição de drogas, trabalhando com pasta base de cocaína, além de materiais para o refino da droga. Ele trabalhava de madrugada, valendo-se da credibilidade das empresas e atendendo também a um público mais exigente”, informou o delegado Davi Moraes, acrescentando que, na residência do suspeito, também foram apreendidas munições. “No local, havia três crianças, que poderiam estar em contato com os entorpecentes”, completou.

Investigações revelaram que o suspeito estava ampliando o esquema criminoso, cooptando outras pessoas. O outro preso na mesma ação policial foi detido também com porções de droga. A motocicleta utilizada pelo investigado para entrega dos entorpecentes foi recolhida na operação.

Para o chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), delegado Thiago Machado, a desarticulação das associações criminosas com as operações desta quarta-feira também sinaliza para a repressão de outros crimes. “Acreditamos que os grupos criminosos estejam envolvidos em outras modalidades criminosas, como homicídios e porte ilegal de arma de fogo. Por isso, as investigações devem se desenvolver no sentido de desarticular completamente suas respectivas atividades”, afirmou.

“Todos os investigados foram encaminhados à delegacia e passam por procedimento de polícia judiciária para autuação em flagrante”, afirmou a Polícia Civil de Minas Gerais.