Policial é preso após agredir uma oficial de justiça na Grande BH
O suspeito agrediu a mulher com uma cabeçada e um soco no rosto
Um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), de 50 anos, foi preso em flagrante após agredir uma oficial de justiça, no último sábado (8), em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A oficial Maria Suely Sobrinho foi agredida pelo militar com com cabeçadas e socos, chegando a desmaiar.
Segundo o boletim de ocorrência, a agressão aconteceu quando a oficial compareceu a casa do suspeito no bairro Novo Horizonte para a entrega de uma intimação judicial. Assim que a oficial anunciou o nome do indiciado, o policial militar se identificou como tal, recebeu em mãos o documento e começou a ler. Em seguida, o policial chamou outro homem, que estava dentro de um carro, e lhe entregou a intimação.
Percebendo que este segundo homem era quem de fato deveria ser intimado, a oficial questionou o motivo de o policial ter aberto e lido a intimação. Neste momento, o militar iniciou uma série de intimidações contra a oficial, agredindo-a em seguida com uma cabeçada e um soco no rosto. A vítima chegou a cair no chão com o rosto ensanguentado e com nariz e olhos machucados.
A oficial, então, conseguiu acionar a polícia. O agressor, que havia fugido do local, apareceu momentos após a chegada da viatura e foi preso em flagrante. A Polícia Militar informou, em nota, que o policial não estava em horário de serviço e que “todas as providências, tanto de Polícia Judiciária quanto de Polícia Judiciária Militar, foram adotadas pela corporação”.
Prisão preventiva
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve na Justiça, nesta segunda-feira (11), a prisão preventiva do policial militar. O agressor estava preso em flagrante desde a ocorrência. Ele é acusado pelo MPMG pelo crime de lesão corporal qualificada pelo fato de ter sido praticada contra mulher por razões de condição do sexo feminino. A pena pode variar de um a quatro anos de prisão.
Ele também responderá por atribuição de identidade falsa, oposição à execução de ato legal e desacato, todas previstas no Código Penal, além de quatro crimes militares.
De acordo com a promotora de Justiça Maria Constância Alvim, que atuou no caso no fim de semana, a ocorrência não pode ser tratada como uma agressão corriqueira. “O episódio foi muito marcante para a comarca de Ibirité por se tratar de uma servidora muito séria e respeitada, que teve sua autoridade questionada como servidora pública no dia internacional da mulher”, avaliou a promotora.