Por conta do “alto custo e pouca demanda”, Prefeitura de Itabira desiste do aplicativo Colab
Anúncio foi feito ontem, pelo secretário de Governo Bernardo Rosa
Um anúncio feito nesta segunda-feira (20), pelo secretário municipal de Governo Bernardo Rosa, pegou muita gente de surpresa. Durante uma prestação de contas na Câmara dos Vereadores, o ex-vereador revelou que a Prefeitura deixou de aderir ao Colab, aplicativo pelo qual é possível à população enviar queixas, solicitações e outras demandas ao município. A adesão havia sido feita em setembro do ano passado.
Bernardo Rosa disse que, ao assumir a Secretaria de Governo da Prefeitura, percebeu que o Colab estava custando demais aos cofres da Prefeitura e tendo poucas demandas. O custo mensal do aplicativo chegava a R$ 12 mil, valor pago até julho deste ano. Para substitui-lo, o executivo optou pelo Whatsapp Business, em uma transição que está em fase de testes. Por meio dele, é possível entrar em contato diretamente com a ouvidoria do município. O número de contato, segundo Bernardo, é (31) 3839-2150.
Números apresentados na prestação de contas apontam que, em junho e julho deste ano, 107 demandas foram recebidas pelo Whatsapp. No mesmo período, o Colab registrou 49 “chamados” dos itabiranos. Além da maior interação entre Prefeitura e população, pesa a favor do Whatsapp o fato de não gerar custos ao município.
Em entrevista à DeFato, Bernardo Rosa explicou o porquê da mudança. O objetivo, alega, é simplificar a comunicação entre os envolvidos, por meio de uma plataforma mais “acessível”.
“A gente implantou o Whatsapp e vimos que o número de acessos é maior. O Colab é um sistema fantástico, mas muito mais amplo. Para a ouvidoria ele não tinha a eficiência que desejávamos. Então a gente entendeu por bem simplificar o acesso. A intenção foi boa, o Colab tem mais recursos que o Whatsapp, mas a gente viu que a ouvidoria tem que propiciar mais acesso, um meio de canal facilitador do diálogo entre o cidadão e o município”, explica.
Perguntado pela reportagem se a Prefeitura falhou em não conseguir popularizar o Colab, o secretário de Governo negou. Porém, ele ressaltou o alcance “universal” do aplicativo utilizado atualmente.
“No Colab, você tinha que baixar o aplicativo no celular. Tivemos o exemplo aqui do Francisco, cujo celular não conseguia baixar (o aplicativo). Hoje o Whatsapp é uma ferramenta que universalmente deve ser a mais utilizada, e essa comunicação foi um dos fatores preponderantes para optarmos pelo Whatsapp para a ouvidoria”, completa.