Prefeitura de Itabira e Polícia Civil firmam acordo para contratação de mulheres vítimas de violência
Em parceria com a empresa G4S, terceirizada da mineradora Vale, mais de 20 mulheres atendidas pelo Cream foram encaminhadas para contratação
Mulheres vítimas de violência e que são acompanhadas pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cream) serão inseridas no mercado de trabalho. A iniciativa da Prefeitura de Itabira, Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) — por meio Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher —, Vale e empresa G4S tem como objetivo promover o empoderamento econômico e independência financeira dessas mulheres, a fim de romper com o ciclo de violência.
Nessa primeira etapa do acordo, firmado na última sexta-feira (3), mais de 20 mulheres que estavam desempregadas e em situação de violência foram encaminhadas para o mercado de trabalho nas áreas de vigilância e portaria.
De acordo com o delegado regional de Polícia Civil de Minas Gerais, Diogo Luna, essa parceria é importante porque essas mulheres precisam ser empoderadas para dar conta de romper o ciclo de violência. “A dependência econômica dos parceiros faz com que elas não consigam deixá-los. Esse movimento é importante para a promoção da integridade, saúde física e mental delas, além de garantir a segurança pública e emancipar pessoas”, destacou.
Marco Antônio Lage (PSB), prefeito de Itabira, enfatizou que a iniciativa é inédita e que busca acolher, capacitar e empregar mulheres vítimas de violência. “Um grande salto necessário para a promoção da cultura da paz em Itabira. Segurança pública não é só o ostensivo. A gente precisa buscar soluções e trazer a participação da sociedade e das empresas para o processo de evolução, capaz de tornar a nossa cidade um lugar melhor para viver”, disse.
Para o gerente operacional da G4S, empresa terceirizada da Vale, Leilson Lopes, as mulheres contratadas serão monitoradas e acompanhadas para que tenham suporte dentro e fora da empresa. “Incentivamos todos que trabalham conosco a estudarem e participarem de treinamentos. São mais de 134 cursos que oferecemos”, afirmou.
Já Carol Apolinário, coordenadora de RH da empresa, deixou claro também que faz parte da política da G4S trabalhar a inclusão, tendo em vista que o trabalho é a identidade da pessoa. Ainda, esteve presente firmando o acordo Allan Moreira, coordenador operacional da G4S e Virgínia Oliveira, Analista de Segurança Empresarial da Vale.
Nélia Cunha, secretária de Assistência Social e Tatiana Gavazza, responsável pelo Cream, também participaram orgulhosas desse momento, já que era um desejo antigo gerar empregabilidade para essas mulheres. “Faz parte da política da assistência social garantir direitos. É extremamente gratificante e necessária essa iniciativa. As mulheres vítimas precisam dessa oportunidade para conseguirem mudar uma situação de dependência”, destacou Nélia Cunha.