Prefeitura pede à Justiça para demolir casarão ameaçado de queda no Centro de Itabira
No início da tarde desta segunda-feira (13), o desmoronamento de duas paredes do imóvel histórico voltou a causar apreensão
A Prefeitura de Itabira ajuizou uma ação, com pedido de liminar, para que seja autorizada a demolição do casarão de número 194 da rua Tiradentes, no Centro da cidade. A medida é necessária por se tratar de um imóvel particular, localizado em área histórica do município.
A edificação, que fica ao lado do Banco do Brasil — que também está interditada —, está ameaçada de desabar devido a um desaterro irregular realizado em um lote na avenida Daniel Jardim de Grisolia, ao lado da então agência da Caixa Econômica Federal (CEF). A movimentação de terra foi feita sem autorização da Prefeitura de Itabira e está interditada desde janeiro do ano passado.
O pedido judicial leva em consideração três laudos, expedidos, respectivamente, a partir de solicitações do Poder Judiciário, Ministério Público de Minas Gerais e Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec). Todos atestam situação avançada de degradação do casarão, risco de desabamento e colapso estrutural.
“A demolição controlada é a alternativa mais viável para garantir que o colapso da estrutura não atinja o casarão vizinho ou coloque em risco a integridade de lojistas, moradores e pedestres no entorno. Paralelo ao processo judicial, o município também prepara um decreto para desapropriação do terreno do casarão. Isso para garantir que o espaço não seja utilizado para fins que estejam em desacordo com o Centro Histórico”, informou a Prefeitura de Itabira em comunicado enviado à imprensa no fim da tarde desta segunda-feira.
No início da tarde desta segunda-feira (13), o desmoronamento de duas paredes do imóvel histórico voltou a causar apreensão. Devido à situação, técnicos da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) compareceram ao local e, mais uma vez, evacuaram lojistas e moradores de um prédio localizado ao lado do terreno em que foi realizada a obra irregular. Além disso, a Superintendência de Transporte e Trânsito de Itabira (Transita) voltou a interditar trecho da avenida Daniel Jardim de Grisolia, entre a então agência da Caixa Econômica e a praça Nico Rosa.
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Relembre
Em janeiro do ano passado, uma obra irregular de desaterro em um lote na avenida Daniel Jardim de Grisolia ameaçou a integridade da então agência da Caixa Econômica, ao lado da área. Aos fundos do lote, já na rua Tiradentes, a unidade local do Banco do Brasil e um casarão vizinho também passaram a correr risco. Desde então, o empreendimento foi embargado pela Prefeitura de Itabira.
Ainda em 2024, as duas agências bancárias tiveram os seus prédios interditados. A Caixa Econômica acabou transferindo as suas atividades para outro ponto, na rua Sizenando de Barros, também no Centro, próximo à sua antiga unidade.
Já o Banco do Brasil, após um laudo técnico que atestou a segurança da sede, retomou os seus atendimentos — mas, desde o ano passado, trabalha na implantação de uma nova agência na avenida Carlos Drummond de Andrade, ao lado da Secretaria de Esporte e Lazer.
Na última semana, devido às chuvas que atingem Itabira e região, o lote da avenida Daniel Jardim de Grisolia voltou a causar apreensão. Deslizamento de terras acabaram por ameaçar a estrutura do casarão localizado na rua Tiradentes, que corre o risco de desmoronar.
Devido a isso, a agência do Banco do Brasil voltou a ser interditada (clique aqui e saiba como fica o atendimento na cidade), assim como um prédio localizado ao lado do terreno em que foi realizada a obra irregular — e que conta com lojas no térreo e apartamentos residenciais nos andares superiores.