Presidente da Belotur diz que realização de Carnaval em 2022 depende dos índices da pandemia

Segundo a Prefeitura de BH, índices ainda não são os ideais para realização do evento

Presidente da Belotur diz que realização de Carnaval em 2022 depende dos índices da pandemia
Bloco Então Brilha em Belo Horizonte. Foto: Alexandre Guzanshe/Divulgação PBH

A Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo realizou audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (11), para debater sobre a realização ou não do Carnaval na cidade em 2022.

O presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Gilberto Castro,  esteve presente na audiência e ressaltou a extrema importância do Carnaval para a capital mineira, que agrega e contribui no turismo, lazer e cultura da cidade.

Castro disse que a Prefeitura de Belo Horizonte ainda não tem definição sobre a realização do evento, mas afirmou que isso será avaliado pela Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com o Comitê de Enfrentamento da Covid-19. Até o momento, de acordo com Gilberto Castro, o Carnaval de 2022 não irá acontecer, e não há data limite para uma redefinição do tema.

O presidente da Belotur explicou que o público predominante do Carnaval está na faixa etária de 20 a 30 anos, e 70% deste público são visitantes. Nesta faixa etária jovem, a PBH informou que 80% ainda não tomou a segunda dose da vacina.

Além disso, Gilberto Castro alertou sobre as datas que antecedem o Carnaval. Segundo ele, o Natal e o Reveillon são eventos que podem alterar os índices da pandemia de coronavírus em Belo Horizonte.

Ainda diante dessa incerteza, ele informou que a Belotur tem mantido diálogo com todos os participantes do Carnaval e levando as reivindicações ao comitê. “A Prefeitura não irá tomar decisões precipitadas que podem colocar a população em risco. Isso não quer dizer que ela não reconhece a importância social e cultural do Carnaval, nem de toda a cadeia produtiva do evento”, afirmou o presidente da Belotur.

Incerteza incomoda

A falta de previsibilidade em relação ao evento popular no próximo ano tem preocupado agentes e grupos envolvidos com o Carnaval, como blocos caricatos, escolas e samba e blocos populares. Todos pediram a definição sobre cenários nos quais o Carnaval pode ser realizado, total ou parcialmente, políticas de fomento ao setor ao longo do ano, além de mais diálogo com a Prefeitura.

O presidente da Liga Belorizontina de Blocos Caricatos, Geo Cardoso, sugeriu a criação de uma comissão mista, com representantes da sociedade civil e do Executivo, para discutir a realização do Carnaval em 2022.

O líder também sugeriu que a solução fosse criada a partir de medidas já tomadas em outras cidades e adaptadas à realidade local. Outro representante que esteve na audiência foi Márcio Eustáquio, presidente da Liga da Escolas de Samba de Minas Gerais. Ele disse que o Carnaval tem diversos segmentos, e não pode ser tratado como um todo. Além disso, Márcio defendeu a realização do desfile de passarela, em que é possível fazer um controle de acesso, e pediu que o Legislativo pressione o Executivo para dar uma resposta concreta sobre o tema.