Prisões de vereador Nenzinho e diretor da Câmara de Itabira ocorreram após coação de testemunhas, diz delegado

Em coletiva de imprensa na sede da Polícia Civil em Itabira, o delegado regional Helton Cota deu mais detalhes sobre o inquérito que decretou as prisões preventivas do vereador Weverton Júlio Limões “Nenzinho” (PMN) e do diretor administrativo da Câmara Municipal, pastor Ailton Moraes, na manhã desta terça-feira (2). De acordo com o delegado, os […]

Prisões de vereador Nenzinho e diretor da Câmara de Itabira ocorreram após coação de testemunhas, diz delegado
Helton Cota
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Em coletiva de imprensa na sede da Polícia Civil em Itabira, o delegado regional Helton Cota deu mais detalhes sobre o inquérito que decretou as prisões preventivas do vereador Weverton Júlio Limões “Nenzinho” (PMN) e do diretor administrativo da Câmara Municipal, pastor Ailton Moraes, na manhã desta terça-feira (2). De acordo com o delegado, os dois foram detidos porque teriam coagido testemunhas ouvidas pela Polícia Civil. Eles permanecerão presos, pelo menos, até a conclusão do inquérito, em 10 dias.

”Ambos estavam intimidando as testemunhas do caso a não delatarem à Polícia Civil”, disse o delegado. Helton Cota ainda ressaltou que foram demonstrados fortes indícios de que os dois acusados, ao longo dos anos, exigiam de alguns funcionários parte dos seus salários como garantia do emprego, crime popularmente chamado de “rachadinha”.

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As prisões são preventivas. Nenzinho e o pastor Ailton estão sendo acusados pela Polícia Civil pelas práticas penais previstas nos artigos 316 (concussão) e 288 (associação criminosa).

“Nós vamos cumprir o prazo estipulado pela juíza (10 dias) e, a partir desse momento, transferir o inquérito para processo judicial, com o Ministério Público”, destacou o chefe da Polícia Civil.

O inquérito está em andamento desde 2018. Os mandados de prisão do vereador e do diretor da Câmara foram expedidos na noite dessa segunda-feira (1). Ainda de acordo com o delegado, não foi necessário o pedido de busca e apreensão, já que os elementos que sustentam o inquérito foram recolhidos no próprio período de investigação.

O delegado também afirmou que, até o momento, não há outros investigados de participarem da “rachadinha” na Câmara de Vereadores de Itabira.