Projeto “Luz de Lu” arrecada quase R$ 10 mil em kits dermatológicos para a Oncoviva
Mais uma edição da campanha foi realizada no final de 2024 e o seu idealizador, Felipe Horta, apresenta a prestação de contas da ação

Com objetivo de apoiar instituições e pessoas que necessitam de ajuda, Felipe Horta promove anualmente a campanha “Luz de Lu”. A última edição do projeto, realizada no final de 2024, resultou na arrecadação de R$ 9.867,25 — e que se transformaram em 83 kits dermatológicos repassados à Associação Oncoviva, que assiste pacientes oncológicos em Itabira.
“Essa última campanha teve um período mais longo de arrecadação, mas ela foi satisfatória como nos anos anteriores. Colocamos uma meta de R$ 10 mil, que não é um valor tão alto, mas como as doações são muito pulverizadas, uma pessoa doa R$ 10, R $ 5 e a outra doa R$ 100, R$ 150, então demora-se a conseguir atingir essa meta”, conta Felipe Horta.
“Mas antes de chegarmos nessa meta, já tínhamos alinhado com a Oncoviva quais eram os principais produtos e as necessidades desses pacientes oncológicos para a gente poder converter esse valor arrecadado na compra desses itens. Então, quando a gente bateu a meta, fizemos uma cotação no mercado e compramos pelo melhor custo-benefício, claro, levando em consideração a qualidade deles também, e a aprovação da própria Oncoviva”, completa.
Neste ano, os valores arrecadados pelo projeto “Luz de Lu” foram convertidos em produtos de higiene pessoal e cosméticos — como sabonetes, desodorantes, cremes hidratantes, protetores solares — para cuidados com a pele dos pacientes oncológicos. Ao todo, foram montados 83 kits dermatológicos que foram destinados para pessoas em tratamento e que não tem condições financeiras de comprá-los, já que são produtos considerados caros. “Finalizamos com sucesso mais uma vez a campanha”, afirma Felipe Horta.
Pacientes oncológicos e os cuidados com a pele
A quimioterapia e a radioterapia podem causar uma série de efeitos colaterais e a pele é uma das áreas que mais sofrem com isso. Reações alérgicas, mudança na coloração, erupções em forma de acne e sensibilidade são algumas das reações que podem surgir na pele. Em um vídeo compartilhado pela Oncoviva em seu perfil oficial no Instagram, a farmacêutica oncológica Kelen Vittorazzi fala sobre o assunto: “pacientes em tratamento oncológico precisam ter um cuidado maior para evitar manchas, entre outras reações alérgicas pela exposição solar”.
“Redobre os cuidados com a sua pele, também quem tem a pele sensível, às vezes não tolera tão bem o sol e fica vermelho, use um protetor, use loção pós-sol que hidrate e cuide muito bem da sua pele e fique atento se houver alguma ferida que não cicatriza por mais do que 30 dias”, afirma. “Você precisa passar por uma avaliação médica e redobre, então, seus cuidados utilizando todas as maneiras de proteção. Filtro solar apropriado, um bom boné, óculos, roupas com filtro solar”, completa.
Ver essa foto no Instagram
Em seu site, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) apresenta algumas dicas com cuidados que os pacientes oncológicos podem ter com a pele:
- Evite: ácidos, esfoliantes e sabonetes que tirem a oleosidade;
- Em caso de acnes: os ácidos já podem ser recomendados, associados a pomadas antibióticas;
- Protetor solar sempre: o uso de protetor solar não pode ser dispensado nunca;
- Hidratar a pele: é aconselhado que cremes hidratantes e sabonetes sejam neutros, para não causar irritação na pele.
- Antes da radioterapia: não utilize desodorantes e retire todo o resíduo de hidratante da pele antes de sessões de radioterapia;
- Consulte um dermatologista: converse com seu médico e procure um dermatologista para saber que tratamento para pele seca seguir e quais os produtos ideais para você.
“Luz de Lu”
A iniciativa é uma homenagem à itabirana Ludimila Azevedo, que faleceu em 2016, aos 34 anos, após lutar contra o câncer de mama. Desde então, Felipe Horta, que foi casado com Ludimila, lidera a campanha visando apoiar instituições e pessoas que necessitam de ajuda.
Ao longo dos anos, Luz de Lu já beneficiou o Hospital da Baleia, Oncoviva, Fundação Sara, Associação de Proteção à Infância, Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Itabira e, em 2023, a fotógrafa Cris Guerra, que, devido a complicações de uma dengue hemorrágica, precisou amputar as pernas e os dedos das mãos.