Projeto monlevadense busca agentes culturais em periferias
Iniciativa da prefeitura abrange bairros de todas as regiões da cidade que têm baixo acesso a políticas públicas
Trazer a periferia para o centro das atenções. Esse é o desejo do Projeto Articulação Periférica, que começou a mapear protagonistas da cultura em bairros periféricos de João Monlevade. A ideia parte da necessidade de ouvir as comunidades para construir iniciativas culturais junto com elas e teve início no bairro Promorar.
A medida busca contemplar trabalhadores de diversas áreas, “desde a galera que trabalha com comida e que pode trabalhar nas festas que acontecem dentro daquela comunidade e ganhar dinheiro com isso até os artistas que são de lá que podem se apresentar nesses eventos…”, explica a presidente da Casa de Cultura Nadja Lírio Furtado.
Por meio da Casa de Cultura, a Prefeitura de João Monlevade convocou lideranças de diferentes órgãos, como Programa Saúde da Família (PSF), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e diretores de escolas para acessar quem faz a cultura acontecer nesses bairros. Assim, o mapeamento marca reuniões com esses agentes e pode pensar em políticas públicas adequadas para cada comunidade.
A moradora do Promorar Kézia Emiliana trabalha com crochê, tricô e bordado e ficou animada com a iniciativa: “É muito bom a Casa de Cultura vir ao nosso bairro e trazer essas propostas”. Segundo a prefeitura, essa primeira reunião abordou a Lei Federal Paulo Gustavo (LPG).
Acesso democrático
Segundo Nadja, é necessário ir até esses espaços, já que existe uma baixa adesão da periferia aos editais da Prefeitura. Além disso, a presidente destaca a importância de mais espaços de diálogo: “Temos poucos centros culturais nos bairros, não tem muitos centros comunitários. A gente não tem muitos espaços de assistência social também – o CRAS tá precisando de fortalecimento, de abrir em outros lugares”.
Lei Paulo Gustavo
O lançamento de editais da Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022 em João Monlevade está previsto para outubro. Serão destinados cerca de R$ 500 mil para o audiovisual e R$ 200 mil para as demais linguagens.