Quatro fugitivas do 8 de janeiro estão presas nos Estados Unidos

A polícia de imigração americana afirma que as brasileiras são alvo dos processos denominados de “expulsão acelerada

Quatro fugitivas do 8 de janeiro estão presas nos Estados Unidos
Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

Quatro brasileiras que participaram dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, foram presas nos Estados Unidos, um dia após a posse do presidente norte-americano Donald Trump. A informação foi confirmada ao UOL pela Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE). Elas estão detidas há mais de 50 dias e aguardam a extradição ao Brasil.

Três delas estão condenadas por crimes cometidos no dia 8 de janeiro, dentre eles tentativa de golpe de Estado. Uma é ré e tem mandados de prisão no Brasil.

As quatro mulheres fugiram para a Argentina no primeiro semestre de 2024, mas, com o pedido de extradição feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao governo argentino, elas fugiram para os EUA para tentar fixar residência.

A polícia de imigração americana afirma que as brasileiras são alvo dos processos denominados de “expulsão acelerada”, que não requer audiência com o juiz de imigração.

Veja quais são as fugitivas:

Raquel de Souza Lopes, 51 anos, de Joinville, Santa Catarina: condenada a 17 aos de prisão por cinco crimes, como golpe de Estado, associação criminosa e dano ao patrimônio público. Ela nega ter destruído bens durante os atos. Sua defesa no STF abandonou o caso em dezembro;

Rosana Maciel Gomes, 51 anos, de Goiânia, Goiás: condenada por cinco crimes, deve cumprir 14 anos de prisão. Tem dois mandados de prisão em aberto e um pedido de extradição feito à Argentina. Sua defesa alega que ela não destruiu bens públicos, pois ficou em choque com os ataques;

Michely Paiva Alves, de 38 anos, de Limeira, São Paulo: ré por cinco crimes, ela ainda não foi julgada pelo STF, e é acusada de ter financiado um ônibus com 30 pessoas de Limeira para Brasília. Michely chegou a ser candidata a vereadora pelo Podemos enquanto respondia ao processo criminal. Sua defesa alega que não há provas de que a acusada depredou o Congresso Nacional, bem como de que faz parte de movimentos criminosos;

Cristiane da Silva, de 33 anos, de Balneário Camboriú, Santa Catarina: condenada a um ano de prisão por associação criminosa e incitação ao crime no 8 de janeiro. Sua defesa diz ao STF que ela não participou dos atos golpistas e foi a Brasília para passear. À Polícia Federal, ela disse que pagou R$ 500 em um ônibus que transportava os golpistas.

Fonte: Fórum