Quem sequestrou um novilho da fazendinha João Fubá?

Isto a Rede Globo não mostra: da derrubada de muro ao roubo de simpático novilho, o mais bonito da propriedade que fica a poucos metros do Centro de Itabira

Quem sequestrou um novilho da fazendinha João Fubá?
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Itabira inteira já sabia? Os vereadores itabiranos tinham conhecimento dessa falcatrua? A Prefeitura e outra acusada, uma empreiteira,  tinham inteiro conhecimento do fato? As interrogações eram, também, dúvidas da polícia? Em apurações extraoficiais, vamos ver o que deu até agora, sabendo-se o seguinte: está marcada para o dia 1º de abril (data suspeita) de 2024 uma audiência com representantes da PMI e de uma empreiteira. A acusação: laçaram, capturaram e, provavelmente, fizeram churrasco do “Boizinho que não mais Ri”.

Foi assim…

“… a lâmpada apagou… a vista escureceu …” , melodia de Milton Santos de Almeida /Miltinho (1928-2014)… “uma laçada então se deu, veio a fome louca, aproveitaram o muro arrombado, que seria consertado”, levaram o belo, gordinho, bezerrinho, coitado, para um lugar qualquer. Churrasco, com cheiro de carne limpa, atravessando bairros de Itabira. E ninguém mais deu notícia, a não ser agora com o encontro direto, cara a cara, no cara a cara judicial.

Sim, dali pegaram o novilho ainda promissor e, agora temos um pouco de indecisão em saber se o bovino virou carne de churrasco e foi assado longe ou perto da Fazendinha do saudoso João Fubá. Que foi digerido, se sabe. Ou estaria guardado para quando fosse esquecido e que o dia 23 de maio de 2022, data correta do sequestro do bovino, ficasse para outras reencarnações. Como dizem os membros da seita “tiro e queda”, “neste mundo tudo se paga, nesta vida mesmo é que acertamos as contas de nossa caminhada terrestre”.

Motivos eles têm?

Sim. O senhor F. C. S., vítima, dono de Boizinho que não mais Ri é frequentador assíduo de onde se desenrolam os fatos do poder itabirano e ele é o responsável pela fazendinha. Vai à Câmara constantemente, não perde uma reunião do Codema, era conselheiro de….. (não vou dedurar porque senão fazem dele um churrasco também).

Os motivos são, portanto, de minar a liberdade de quem quer fazer trapalhadas. Coitado do bezerro, limpinho, cheiroso, bem cuidado, não merecia ser queimado nas chamas de brasas covardes.

Quem quer saber mais detalhes, principalmente vereadores, esses já podem denunciar os bandidos com o seguinte emblema: até bovinos estão sendo surrupiados na ex-Presidente Vargas e ex-Itabira do Mato Dentro.

Saiba quem presta ou não presta

Bem, o resto vocês, que procuram motivos para conhecer os currículos de A, ou B, ou C, ou D, ou E, ou F… ou X, ou Y, ou Z. só precisam comparecer à audiência  já marcada, ou procurem saber o seu resultado. Haverá um desfile vergonhoso de baixarias porque não há dúvida, basta ligar a tomada do “desconfiômetro” no ato de surrupio indefensável do Boizinho que Ri (ou melhor, que Ria).

Chiquinho está pleiteando não o valor correspondente ao seu surrupiado bezerro. Não, não, não somente isso. A questão é pouco financeira, é mais sentimental, o animal era muito estimado, vistoso, um verdadeiro líder do pequeno espaço e do grupo dos demais misturados com bichinhos inofensivos. A Família Fubá, apelido de um cereal dito com respeito, era, é e será muito respeitada sempre em Itabira e região. Uma tradição itabirana é cultivar os seus valores. Respeitem-na, por favor, digo eu.

José Sana é jornalista, historiador, professor de Letras e ex-vereador em Itabira por dois mandatos, onde reside desde 1966

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