“Rachadinha” na Câmara de Itabira bancava mulher de ex-diretor, aponta Polícia Civil
A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Regional de Itabira, concluiu as investigações que culminaram nas prisões preventivas, no último dia 2, do vereador Weverton Júlio de Freitas Limões “Nenzinho” e do ex-diretor da Câmara Municipal de Itabira, pastor Ailton Francisco de Moraes. Os dois continuam detidos no presídio de Itabira, onde […]
A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Regional de Itabira, concluiu as investigações que culminaram nas prisões preventivas, no último dia 2, do vereador Weverton Júlio de Freitas Limões “Nenzinho” e do ex-diretor da Câmara Municipal de Itabira, pastor Ailton Francisco de Moraes. Os dois continuam detidos no presídio de Itabira, onde dividem cela com outros presos.
De acordo com delegado regional, Helton Cota, o inquérito policial foi remetido ontem (11) à Justiça. No corpo do documento, foram comprovados que os investigados teriam retido R$ 75 mil de servidores indicados pelo pastor Ailton para trabalhar no gabinete de Nenzinho no período entre abril de 2017 a junho deste ano.
+ O que se sabe até agora sobre as prisões
“Restaram comprovados robustos elementos demonstrando que os investigados, associados de forma estável e permanente, exigiram dois terços das remunerações recebidas por alguns servidores indicados por Aílton para trabalhar no gabinete de Weverton, perfazendo um total aproximado de R$ 75 mil”, declarou o delegado.
Ainda segundo Helton Cota, os valores devolvidos eram direcionados à esposa do ex-diretor da Câmara, Marilane Cristina Costa Silva. Essa teria sido a forma encontrada para “compensar” a sua exoneração da Câmara desde a nomeação do seu marido para o cargo de diretor da Casa Legislativa.
Marilane Silva possuía um cargo em comissão e sua exoneração foi a fim de se evitar o nepotismo. “Apesar de formalmente exonerada, comprovou-se que Marilane continuava a prestar serviços diariamente no gabinete do vereador Weverton”, destacou o delegado.
Helton Cota argumentou que diversas testemunhas foram ouvidas de forma velada e que confirmaram a “prática delituosa”, narrando inclusive repasses em espécie ocorridos em mãos para o vereador Weverton Nenzinho.
Foram juntados também extratos de transferências bancárias realizadas pelos servidores indicados às contas de Aílton e Marilane.
Weverton Nenzinho, pastor Ailton e sua esposa Marilane foram indiciados nos artigos 316 (concussão) e 288 (associação criminosa) do Código Penal. No caso da mulher, a polícia informou que não houve necessidade de sua prisão.
À reportagem de DeFato Online, a advogada Juliana Drummond, que representa o vereador Weverton Nenzinho informou que tem feito tudo que é possível na defesa de seu cliente. Ela preferiu não dar mais informações, uma vez que o processo segue em segredo de Justiça. O advogado Flávio Henrique Mendonça de Andrade, que representa o pastor Ailton, não retornou as ligações da reportagem.