Recorrente em Itabira, “nuvem de poeira” pode gerar suspensão das atividades mineradoras em Congonhas
Pedido foi feito pela Prefeitura Municipal
Nesta quinta-feira (13), uma nuvem de poeira tomou conta do céu de Congonhas. O momento foi flagrado por vídeos gravados pelos moradores do município, localizado a 80 quilômetros de Belo Horizonte. Coincidentemente, também nesta quinta-feira, o mesmo ocorreu em Itabira, o que não chega a ser uma novidade. Recorrente na cidade há muitos anos, o fenômeno já gerou, inclusive, multas para a Vale, responsável pelas minas das quais provém a poeira.
Em Congonhas, no entanto, a Prefeitura pensa em ir além da punição financeira. O Executivo pediu a suspensão imediata e temporária das atividades de mineradoras na cidade, além da “intensificação de todas as ações de mitigação e controle ambiental até a normalização das condições”.
Assim como em Itabira, a atividade mineradora é muito intensa em Congonhas, como explica o diretor de Meio Ambiente e Saúde da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval de Souza. “Congonhas tem mais ou menos 40% da sua área tomada de mineração e siderurgia. São áreas sem vegetação”, afirma Sandoval.
Porém, mesmo não sendo uma novidade no município, o fenômeno desta quinta-feira foi mais intenso que o normal. Por isso, tanto ele quanto os moradores foram surpreendidos. “Eu faço um acompanhamento fotográfico desde 2008, mas hoje não estou na cidade, então muita gente me mandou”, pontua o diretor.