Rede 5G completa dois anos em quase 600 municípios
Fornecedoras anteciparam mais de 70% das metas para o ano de 2025
A internet 5G completou dois anos de operação no Brasil no sábado (6), com disponibilidade superior às metas fixadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A tecnologia atende a 27,9 milhões de usuários em 589 cidades.
Segundo a Conexis Brasil Digital, que reúne empresas de telecomunicações e conectividade, as prestadoras não apenas cumpriram a meta de 2024, como anteciparam mais de 70% do previsto para 2025. Atualmente, todas as cidades com mais de 500 mil habitantes têm pelo menos uma operadora que fornece o 5G.
Desde 2021, quando começaram os investimentos na tecnologia, as empresas do ramo aplicaram R$ 116 bilhões na nova tecnologia. Por operar em frequências altas, o 5G necessita de antenas de pequeno porte, o que leva à demanda de cinco a dez vezes mais antenas que o 4G.
No ano passado, o 5G era oferecido a pouco mais de 10 milhões de usuários em 150 cidades. Segundo a Conexis, mais de um milhão de linhas por mês foram habilitadas para a tecnologia.
O edital Anatel para o leilão do sistema obriga a instalação da tecnologia em todas as cidades acima de 500 mil habitantes até julho de 2025. E também nos municípios com mais de 200 mil habitantes, até julho de 2026. Em julho de 2030, a tecnologia deverá estar disponível em todas as cidades brasileiras e em 75% das localidades rurais.
Desafios
Segundo a Conexis Digital Brasil, um dos motivos para a rápida expansão da rede foi o fato do leilão privilegiar os investimentos na instalação e amplificação da tecnologia, em vez de concentrar-se apenas em quem pagaria o maior valor. Apesar do rápido crescimento, o grupo cita desafios, como a legislações municipais desatualizadas, que atrasam ou impedem a instalação de mais antenas.
Conforme levantamento do projeto Conecte 5G, criado pelas prestadoras associadas ao Conexis, apenas 501 municípios brasileiros têm leis de antenas alinhadas à Lei Geral de Antenas. Isso representa menos de 10% do território nacional em conformidade com a legislação. As operadoras pedem regras mais claras e licenciamentos mais ágeis para manter a velocidade de expansão do sinal.