Regiões do Fênix e Gabiroba possuem o maior número de itabiranos em vulnerabilidade social
Nélia Cunha, secretária municipal de Assistência Social, detalhou o trabalho da pasta nessas regiões
Duas das mais populosas de Itabira, as regiões dos bairros Fênix e Gabiroba possuem o maior número de moradores em vulnerabilidade social na cidade. Considera-se em vulnerabilidade social pessoas nas faixas de pobreza, extrema pobreza e baixa renda. A informação surgiu da prestação de contas da Secretaria de Assistência Social de Itabira feita nesta tarde (1º), na Câmara Municipal.
Segundo os números apresentados pela líder da pasta, Nélia Cunha, aos vereadores, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Fênix e Gabiroba realizaram, respectivamente, 2389 e 2957 atendimentos somente entre os meses de setembro e dezembro do ano passado. Números superiores aos CRAS Jardim das Oliveiras (1.607 atendimentos), Pedreira (1.009 atendimentos) e Central (2.270 atendiment0s).
Enquanto o CRAS Gabiroba atende 29 bairros – entre eles Água Fresca, Bethânia, Juca Batista, Ribeira de Baixo e Madre Maria de Jesus -, o CRAS Fênix contempla a população do Santa Ruth, João XXIII, Machado e outros oito bairros.
O que diz a secretária
Questionada se os dados são apenas sintoma do grande volume populacional destes locais, Nélia Cunha vai além. A secretária admite que trata-se das regiões com os piores indicadores sociais do município.
“O dado para determinar o maior número de população assistida na Assistência é a per capita. Então eu posso dizer que a região do Fênix e a região do Gabiroba tem o maior número de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ou seja, pessoas com per capita de pobreza, extrema pobreza e baixa renda. Há uma concentração maior nessas duas regiões”, ressalta.
Nélia também aponta algumas das principais dificuldades vividas pelos itabiranos em vulnerabilidade social. Entre elas, o desemprego e a violência doméstica.
“Então onde tem um maior número de famílias em vulnerabilidade, tem muitas famílias com risco social já identificado. E aí são as violações de direitos, que são diversas. Desde o desemprego, a baixa renda e a necessidade de programas de transferência de renda até para acompanhamentos mais sistemáticos da família. Por violência doméstica, violência sexual, negligência, entre outros”.
E como combater este cenário? A líder da Assistência Social elenca as ações promovidas pela pasta. “O que a gente faz, principalmente, são os acompanhamentos das famílias através dos CRAS, para evitar as violações de direitos. Então são fornecidos benefícios eventuais e acompanhamento psicológico e social pelas assistentes sociais e psicólogos. Além da interceptualidade, que é a conversa com a rede. Muitos casos são necessários de acompanhamento em outra política, principalmente com a Saúde, tramitando os casos internamente com outras secretarias. E os casos mais graves são com os serviços de acolhimento e do CREAS de média complexidade”, completa.